Vinícolas do Chile: Tour degustação na Vinícola Casona Veramonte

Degustação de vinho Casona Veramonte Chile

Tour degustação na Vinícola Casona Veramonte com criança

Durante nossos 16 dias no Chile, participamos de 3 tours-degustação e a primeira que visitamos foi a vinícola Casona Veramonte, em Casablanca (Valparaiso). E é com ela que abrirei uma pequena série de posts sobre vinhedos no Chile. Além da Veramonte, visitamos a Emiliana e a Undurraga.

Se você nos segue, sabe que viajamos sempre com nosso filhote, Leonardo. Nesta viagem ele tinha 2 anos e 8 meses e ao buscar vinícolas, procurei alguma que pudesse me dar algum atrativo à ele.
Havia lido em um blog chileno que esta vinícola era “kids friendly” e apostamos nela. E de certa forma, acertamos!

O tour na Vinícola Casona Veramonte

Chegamos uns 15 minutos atrasados e creio eu que o grupo já havia iniciado o tour. Porém, como basta 1 pessoa para um tour começar, tivemos um tour privado com o Julio (ou seria Julian…. não me recordo).

Eles chamam o local de Casona Veromonte, pois é realmente um casarão imponente no meio da plantação,  que nos remete a certo ambiente rural.

Bom, rural para o lado de fora, pois a casona é bastante moderna por dentro.
A visita começou exatamente nesta casona e nosso guia foi nos explicando calmamente e claramente sobre as plantações, os processos de vinificação e de embalagem, além das características do vinho na degustação.

São 3 tipos de tours (veja todos aqui): O Casona (tour + degustação de 3 vinhos – 11.300 pesos), o Emblema de los 3 Valles (tour + degustação de 4 vinhos com harmonização – 19.000 pesos) e o Espiritu del valle (tour privado + degustação de 5 vinhos com harmonização – 49.000 pesos).

Fizemos o tour Emblema de los 3 Valles e falaremos mais abaixo sobre ele.

A vinícola

A vinícola planta suas parreiras em (pelo menos) duas cidades, mas a administração e o local de visitas está no Valle de Casablanca.

Por uma combinação particular de latitude, vegetação nativa, proximidade com o mar e com os Andes, o vale oferece temperaturas baixas e estáveis o suficiente para a desenvolvimento ótimo de parreiras.

Além disto, deve-se considerar que o calcário das montanhas novas dos Andes e a irrigação do solo rochoso contribuem decisivamente para o terroir que faz a fama da região.

No Valle de Casablanca, planta-se a maioria das cepas oferecidas pela casa; à exceção de Carmenère e Cabernet Sauvignon, concentradas na outra plantação do Valle do Colchagua.

A plantação se estende para além da vista, na parte de trás do casarão.

Em frente a ele, no entanto, podemos ver uma boa amostra do que fazem na casa. É aí que o visitante vê os cuidados dedicado às parras.
Trata-se de uma casa de alto nível, com produção de alto nível, mas que se destaca pela preocupação em implantar práticas orgânicas em sua produção. Eles mantêm, por exemplo, uma criação de ovelhas, “responsáveis” pela poda natural da grama quando não há uvas e por parte significativa da fertilização do solo.

Os corredores biológicos

A casa mantém ainda corredores biológicos, em que plantas nativas são cultivadas próximo às parras a fim de manter o micro ecossistema local equilibrado e preanunciar a chegada de pragas. Estas práticas afastam a Veramonte das vinícolas mais, digamos, industriais ou comerciais – o conceito não é preciso porque a Veramonte faz vinhos para comercializar e porque tem uma produção em escala industrial (embora não comparável às gigantes do ramo).

O processo de vinificação é feito no térreo do casarão; é muito cuidado e conta com tonéis de metal, de concreto e, claro, de carvalho (somente francês! – como enfatizou o guia).

A degustação “Emblema de los 3 Valles “

Outra degustação, desta vez na bancada

O tour é muito interessante, mas a parte que todos adoram é a degustação.

De volta à parte principal do casarão, nossa mesa de degustação estava pronta.
Pelo o que deu a entender, a degustação sem harmonização ocorre na bancada e com harmonização nas mesas.

Em nossa mesa havia os quatro vinhos, as harmonizações e um conjunto de papel e giz de cera para o Leo brincar, bem como bolachinhas e chocolate para ele nos deixar em paz.

Haviam outras crianças por ali e elas estavam em outras mesas, com suas canetinhas e folhas para colorir.

A nossa degustação com harmonização

Para abrir a degustação, um Sauvignon Blanc da linha Ritual, safra 2014, fermentado em tanques de inox (sem passar pela madeira) e harmonizando com queijo de ovelha e tomate cereja; Um bom vinho, mas que agradou mais ao paladar do Thiago.

Em seguida, um Pinot Noir da mesma linha Ritual, mas de 2013; este vinho passou por tonéis de madeira, porém não eram barricas de carvalho e foi harmonizado com uma torrada coberta de patê de cogumelos. Um bom vinho, mas com pouco corpo.

Não somos expert em vinho, mas algo que eu consigo definir são os vinhos conservado em barricas de carvalho (o Thiago tem começado a perceber).
Nosso 3° vinho, um excelente Carmenère da linha Primus, safra 2015, foi conservado em barricas de carvalho francês  por 12 meses e aqui, harmonizado com pedaços de queijos.
Adoramos!

Por fim, para fechar com chave de ouro, o xodó da casa: o blend de Cabernet Sauvignon e Carmenère da linha Neyen produzido em 2015, com passagem de 18 meses em barricas de carvalho francês.
Seu corte é 55% Carmenére e 45% Cabernet Sauvignon e harmonizamos com uma gota de chocolate com pedras de sal (novidade para nós!).
Nem preciso dizer que amamos!

E as crianças?

Como disse acima, assim que chegamos encontramos em  nossa mesa um conjunto de canetinhas coloridas e algumas folhas com imagens de animais para que o Léo pudesse pintar enquanto degustávamos nossos vinhos.

Em um determinado momento, o sommelier se levantou para buscar chocolate para ele e isso foi uma farra.
O Leo se distraiu dos desenhos e começou a querer atacar meu queijo e chocolate (sim, perdi uma das fatias de queijo na negociação).

Por sorte tínhamos na bolsa um pacotinho de bolacha maisena (ele viajou com dores de barriga) e ele aceitou a troca.

E terminando a degustação, passamos pela “tenda” e levamos o Primus que degustamos e gostamos!

Como chegar na Vinícola Casona Veramonte?

* De Santiago:
O melhor modo, claro, é de carro. Você pode fazer aqui uma cotação com  a RentCars e ainda ajudar o blog.
🙂

O mais econômico é pegar um ônibus que segue até Valparaiso, mas que pare em Casablanca (aproximadamente 2 mil pesos).
Se você curte andar, pode pedir para o motorista do ônibus Santiago – Valpo para descer perto do pedágio do km 66 e ir andando (é uma boa caminhada por dentro das vinhas, mas parece que é possível).
Se você não curte longas caminhadas, desça na praça principal da cidade de Casablanca e deste ponto, pegue um taxi preto (preços variam de 5 mil a 8 mil pesos) até a Casona Veramonte.

* De Valparaiso:
Vá até a estação central e pegue um ônibus que entre em Casablanca (1000 pesos).
Outra opção é pegar um taxi coletivo na rua Argentina (cores amarelo e preto – 1500 pesos), perto do ponto final do Trolebus verde. Tanto o ônibus quanto o taxi te deixarão na praça central de Casablanca. Deste ponto, pegue o taxi preto que indiquei acima.

Casona Veramonte Casablanca

 /casonaveramonte/
 Tripadvisor.cl/Casona_Veramonte
Ruta 68, km 66 s/n, Casablanca
 http://www.casonaveramonte.com/


O tour e a degustação foi cortesia da Vinícola Casona Veramonte, mas o texto reflete a experiência vivida por nós 3, sem qualquer interferência.



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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

21 thoughts on “Vinícolas do Chile: Tour degustação na Vinícola Casona Veramonte

  1. Ju, que saudade dos vinhos maravilhosos de Casablanca, dos lindos campos de parreira e do terroir incrível da região! Faz tempo que não bebo um vinho daí, e que falta faz! Especialmente os vinhos brancos de Casablanca foram meus favoritos! Que lindo o Leo se divertindo enquanto vocês provam as delicias da degustação! legal quando uma empresa pensa em toda a família assim, né?

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