O Museu da Imaginação
Começando agora uma série de posts sobre o que fazer em São Paulo com crianças, mostrarei para vocês como foi nossa tarde no Museu da Imaginação, no bairro da Lapa. Ou melhor: como foi a tarde de meu filho e de meus sobrinhos neste espaço infantil para lá de interessante.
Antes de começar, quero dizer que o Museu da Imaginação não é o Estação Ciência e não tem muito a ver com o Catavento. Fiz erroneamente uma comparação com o Museu Interactivo Mirador, em Santiago e venho aqui dizer que estava enganada.
O Museu da Imaginação é um espaço para a criançada brincar, sozinhos, com colegas e até mesmo com os pais, deixando de lado as parafernálias tecnológicas e soltando a imaginação. Pode até ter algum aprendizado no meio, mas não creio que seja este o objetivo.
Acessibilidade
A acessibilidade é um ponto bastante positivo do Museu da Imaginação. Além dos espaços planos e amplos, o museu conta com rampa na entrada e elevador. Não vi nenhum espaço para guardar carinhos de bebês (visto que agora não o usamos mais), mas acredito sim que exista este espaço. Os banheiros também são acessíveis e com fraldário.
Para chegar ali também não é difícil. Para quem vem de carro, há um estacionamento no local (R$ 20,00), além de espaços para estacionar na rua.
Para quem vem de ônibus, o ponto é próximo à rua Ricardo Cavatton. Esta rua é reta, apesar de calçadas malcuidadas. Creio que o caminho até o museu seja de 5 minutos.
A nossa visita
Visitei o Museu da Imaginação com meu filho, minha irmã e meus dois sobrinhos. Havia marcado com ela no dia anterior, frio, mas com um lindo sol. Quando fomos, o dia estava nublado, de muito frio. Já haviam nos avisado que o local lotava nos dias frios, chuvosos e de tempo ruim. Pudera: é uma ótima opção indoor. Mas como já havíamos nos organizado, fomos.
Ao chegarmos, uma monitora nos explicou brevemente como funcionava o local. Confesso que não consegui dar muita atenção, visto que meu filho e meus sobrinhos queriam correr para todo canto e eu estava prestando atenção neles.
Pegamos uma chave na recepção para o locker (chave com número secreto definido), guardamos nossas coisas e começamos pelo primeiro andar.
Conhecendo o Museu da Imaginação
O Museu da Imaginação é dividido em dois andares.
No térreo se encontram as brincadeiras e atividades permanentes, que fazem parte do museu. No segundo andar se encontram as atividades temporárias e resolvemos começar por ela.
Conhecendo o primeiro andar.
Subimos a escada (que tem uma grade no final dela, para impedir que alguma criança se acidente brincando perto das escadas) e demos de cara com a primeira sala.
Não havia nenhum monitor do lado de fora, apenas uma banquetinha e um espaço para colocarmos nossos sapatos. Ali também estavam os banheiros masculinos e femininos, anunciados de forma bastante criativa.
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A sala das nuvens: Mergulho com Monet
Entramos na primeira sala. Era uma sala ampla, escura, com luzes de negra que iluminavam tudo o que era branco. Ao fundo, no chão, se encontravam retalhos brancos, para a molecada pular e fazer “aleluia”. Foi uma diversão e custou convencer os meninos a seguir para conhecer outra sala.
Conversando com uma aluna que visitou este museu com seu filho, primeira coisa que ela me perguntou: O que você achava que era a sala do Monet?
Fiquei com ar de interrogação.
Então ela me explicou que quando ela foi, no período da manhã, havia um monitor em frente a sala, mostrando um quadro do Monet. Ele começou a instigar a imaginação das crianças e, após bons minutos de conversa, o monitor abriu a tela escura da sala e perguntou às crianças: o que poderia ser o branco da sala? Muitos disseram neve.
Infelizmente não vimos essa apresentação, não sei se os pequenos iriam entender, mas para meu filho, aquela era a sala das nuvens!
Ps: parece que essa sala muda com certa frequência, mas que o tema é “Quadros”!
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A sala das brincadeiras
Saímos da sala escura e fomos para uma sala mais clara e mais ampla. Logo de entrada, encontramos uma minifloresta de madeira ao lado de uma casinha de madeira com plantinhas. Os meninos começaram a zanzar, imaginando que aquilo fosse um mini labirinto. Mais tarde, uma monitora retirou todos os cabos de madeira e todas as “folhas” e colocou ao lado. Ela nos disse que o objetivo era a criança montar a sua floresta da maneira que ela desejasse.
Ainda com cabo de madeira, encontramos algo que havíamos visto no MIM e em um buffet aqui em SP. São diversos cilindros que se movem e criam o formato deixado pelas crianças. Como é grosso, não é possível fazer a forma do rosto (como no MIM), mas fez bastante sucesso com os meninos
Ainda nesta sala, eles participaram da oficina de PlayMais (aqueles “isopores” feitos com sêmola de milho [mais] coloridos), que permite a criançada de criar diversos elementos apenas molhando as pecinhas. Haviam outras brincadeiras neste andar, mas meus meninos se interessaram apenas nestes.
Hora do almoço
Chegamos tarde, eu sei, mas domingo não é dia de acordar cedo (e qual dia é? rsrsrsrs) e fomos para lá sem almoçar. Antes de entrarmos na sala das atividades permanentes, fizemos uma pausa breve na lanchonete presente perto da entrada. Pratos de comida saíram por R$ 25,00.
Conhecendo a sala permanente
Estávamos ainda pagando a conta do almoço quando meu cunhado arrastou as crianças para esta sala. Quando cheguei, eles estavam espalhados por todo canto.
Esta parte, presente no térreo, é bem ampla, mas tem tanta coisa que faz o espaço parecer pequeninho.
Começa com uma sala escura, com esferas iluminadas que se movimenta. Meus meninos estavam tao afobados para brincar, que foram se dar conta da sala das esferas na saída, quando tudo estava desligado. Por isso, eles não viram as esferas em movimento.
Irei tentar selecionar abaixo as atividades que mais agradaram os meninos:
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A casinha de madeira
Eu já sabia que este seria o lugar que meu filho iria gostar mais que tudo. Ele finge montar casinhas em casa e quando vê uma em playgrounds, demora para sair. Como a casinha é alta, também tem escorregador e apenas isso já conquistaria meu filho.
Dentro da casinha há um mini fogão, uma mesinha e objetos de casa. Isso entreteve bastante o Tom (meu sobrinho menor). Os meninos também se divertiram com o tubo que fazia os lencinhos voarem! Um cano suga os panos, que vão por uma direção, mas caem em outro, mostrando às crianças que o inesperado é possível. No meio ainda tem uma cama de gato gigante e colorida. E para subir, uma escada de um lado e um emaranhado de cordas do outro.
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A estação das músicas
Tirar o Léo daqui foi um sufoco! Ele adora instrumentos musicais e vibrou com a bateria. Para o Breno e o Tom, esta sala foi uma surpresa, visto que eles nunca tinham tido a oportunidade de brincar com um instrumento.
Este espaço tenta imitar a vida de uma banda de garagem, oferece aos pequenos a chance de tocar violão, bateria, piano e até cantar. Todo o som se ouve apenas através dos fones de ouvido. O ruim é que são poucos e a meninada precisa revezar. O Leo quis tomar conta do espaço e foi complicado tirá-lo dali.
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Ponte Maluca
Este foi o favorito do Breno, meu sobrinho maior. É a união da bicicleta e do vídeo game.
Apesar da tela “eletrônica”, visto que o Museu da Imaginação é um local que estimula também a brincadeira em conjunto, para este jogo com as bicicletas, cada um precisava fazer sua parte para construir uma ponte e, assim, conseguir ajudar ora uma princesa, ora uma cadeirante;
Tem bicicletas para crianças, adultos/adolescentes e até para cadeirantes (que utilizaria os braços para “pedalar”).
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Bolas Malucas
Mais um local que os pequenos se divertiram muito, mas que adultos também podem brincar. Primeiro eles precisam subir até a parte mais alta e ainda podem se balançar nas bolas presentes no local.
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O poder das águas
Outra brincadeira divertida, que encanta adultos e crianças. O objetivo é mirar a pistola d’água até o “gerador” de energia. Quem atingir os 15 litros, ganha.
Este jogo se encontra logo na entrada. Funciona como um tiro ao alvo e que mostra às crianças a produção de energia. O “gerador” mostra que nem sempre o mesmo tamanho significa o mesmo peso.
Além destes locais, há muitos outros interessantes que não atraíram tanto meu filho e sobrinhos. Alguns por falta de tempo (percebi que eles se sentiram afobados em querer fazer tudo ao mesmo tempo), outros por não corresponderem as suas idades. Há outras atividades que estão espalhadas pelo caminho, como a “amarelinha iluminada”, que eles sempre pulavam quando passavam por ali.
Não se esquecendo, claro, da arara cheia de fantasia para a criançada soltar a imaginação!
Brincadeiras para crianças com necessidades especiais
Uma coisa muito interessante do Museu da Imaginação é que eles criaram o espaço pensando também às crianças com necessidades especiais.
Além do espaço ser bem acessível, os organizadores pensaram também em como incluir todos. Algumas das atividades abertas a todos são acessíveis. Há atividades sensoriais, mas eles também adaptaram alguns brinquedos.
Há um balanço ao lado da casinha de madeira que permite a inserção de uma cadeira de rodas e no jogo da ponte, na área central, há uma bicicleta com acessibilidade motora.
Monitores e Oficinas
Encontramos monitores por todo o museu e os encontramos já na entrada, nos explicando como funciona o lugar e onde levar as crianças. Em cada sala tem um, que pelo o que eu vi, se revezam.
Frequentemente o museu propõe oficinas, que são exibidas no Facebook como eventos (veja lá qual será a atividade na data de tua visita).
Quando fomos, fizeram uma oficina de cartão postal. Quando minha aluna, Claudia, levou o filho, a oficina era de criação de massinha de modelar colorida!
Além dessas que não são regulares, tem a oficina de PlayMais, que ocorrem em 2 períodos do dia.
Melhor momento para visitar o Museu da Imaginação
Uma monitora nos disse que o período da manhã e principalmente durante a semana é o melhor momento, pois tem menos gente e as monitoras conseguem dar mais atenção.
Nos disseram também que quando o dia não está bonito, os pais tendem a levar seus filhos lá. Fomos à tarde, em um domingo chuvoso e percebemos que muitas das explicações nos passaram batido.
Quanto tempo dedicar? Li também que 2 ou 3 horas é o suficiente e eu discordo, principalmente se no dia de tua visita o local estiver cheio. Tem muita coisa para ver e fazer. Ficamos 4 horas ali e achei pouco! Os meninos teriam ficado muito mais tempo ali dentro!
Informações:
Museu da Imaginação em São Paulo
/museudaimaginacao/
Rua Ricardo Cavatton, 125
museudaimaginacao.com.br/
: Bebês até 1 ano e 1 meses: gratuito; Criança: R$160,00 – até 12 anos para meia – Adultos: R$ 50,00; Portador de Deficiência: gratuito. Veja mais aqui
A visita foi cortesia do Museu da Imaginação em São Paulo, mas ficamos livres para conhecer o lugar e o texto reflete a experiência vivida por nós, sem qualquer interferência..
Que interessante esse museu. Preciso ir um dia conhecer de perto! Parece incrível.
Este é bem interessante
😉
Que interessante o museu! Achei uma opção incrível, em especial por estimular o lúdico em um contexto de tanta tecnologia que os pequenos são diariamente bombardeados. São Paulo sempre surpreendendo com suas atrações.
Eu tbm acho muito importante, Lu! Eu tento evitar eletrônicos na vida de meu filho, permitindo apenas em momentos de desespero
hahahahaha
Mas acho muito importante lugares assim…. Sem contar que é um local interessante para os pais brincarem com os filhos…
Eu já tinha ouvido e até lido sobre o Museu da Imaginação, mas esse é o post mais completo que vi, deu pra ter uma ideia das principais atividades e principalmente que precisa de uma tarde ou manhã para as crianças aproveitarem bem, vou tentar levar meu sobrinho quando ele estiver em São Paulo.
Fico contente, Deisy!
E eu tenho certeza que teu sobrinho vai curtir bastante!
😉