Precisa se hospedar no centro de São Paulo e está com receio de escolher uma rua ou um trecho ruim? Veja uma lista com dicas de lugares criada por uma moradora (euzinha) do centro a mais de 10 anos.
Quais os melhores lugares e ruas para se hospedar no centro de São Paulo
Seja a trabalho ou turismo, se você não sabe onde se hospedar no centro de São Paulo, por não saber qual lugar é bom ou ruim para ficar, tentarei neste post te ajudar.
O centro de São Paulo oferece muitos hotéis bons e baratos, que vão de 4 estrelas até simples motéis. Todos estão bem localizados, próximos a escritórios e lojas e o melhor de tudo: do metrô!
Todos os hotéis se encontram nas proximidades da Praça da República e sua estação faz parte da linha vermelha (Corinthians Itaquera – Palmeiras Barra Funda) e da linha amarela (Luz – Butantã) e se encontra a uma estação da linha Azul (Tucuruvi – Jabaquara) e linha verde (Vila Madalena – Vila Prudente), isto é: te facilita circular por vários cantos da cidade.
Neste post não darei indicação de hotéis, visto que nunca me hospedei em um, mas ajudarei com a localização dos mesmos!
Como chegar do aeroporto de Guarulhos até o centro de São Paulo.
O centro de São Paulo é perigoso?
Resolvi atualizar esse post agora em 2023. Continuo morando em frente à Praça da República desde 2011 e sempre ouço um misto de: “que legal” e “nossa, você não tem medo? Não é perigoso?” quando digo que moro no centro de São Paulo. Minha resposta aqui no post era “há partes do centro que eu considero complicado caminhar a noite, mas diria que tenho muito mais medo de caminhar sozinha por alguns bairros de classe média do que aqui pelo centro.”
Bom, se você mora em São Paulo ou vem frequentemente para cá, talvez entenda o motivo pelo qual mantive a frase acima: a violência e insegurança reina em todos os cantos da cidade, principalmente se não há movimento ou comércio aberto. Relato de assaltos (principalmente com a galerinha de bike) se vê na região da Paulista, Moema, Faria Lima e Pinheiros. Não é exclusividade do centro.
O centro de São Paulo continua descuidado, piorou muito nos desde 2016/17, tanto pelas ruas e calçadas sujas e esburacadas, como pela quantidade de moradores de rua. A maioria deles não são perigosos ou violentos, mas eles deixam sim um rastro de sujeira por onde ficam. Veja, falo dos moradores aqui pela Praça da República. Nao estou falando da galera da cracolândia.
Durante a pandemia havia um imenso “banheiro público com chuveiro” instalado pela prefeitura para os moradores; creio que desativaram no carnaval e com isso a sujeira se amplificou. Dá tristeza caminhar em certos trechos!
Furtos de celulares ocorrem com muita frequência nestes últimos anos, mas é relato que eu ouço de todos os cantos de SP. Uma aluna minha que mora em Moema, por exemplo, não caminha pela rua com celular e aliança!
Resumindo: sim, o centro está mais perigoso do que anos atrás!
Viajarei sozinha, o centro é perigoso para mim?
Eu continuo achando que não é problema para uma mulher se hospedar sozinha no centro de São Paulo, principalmente se ela não sairá sozinha a noite. Durante o dia, o centro inteiro é muito movimentado. É só tomar cuidado com os pertences.
Se o hotel tem portaria 24 horas, você pode chegar com um taxi ou carro de app durante a noite de forma mais tranquila. Dependendo do horário, ainda há um grande movimento.
No entanto, hoje (2023) eu tenho receio em caminhar sozinha quando cai a noite. Na Av. Ipiranga sigo do Copan até a São João sozinha, mas muito atenta. Marques de Itu, General Jardim e Major Sertório sigo com desconfiança.
Sábado passado sai por volta das 20h da Praça Rotary (na Santa Cecília, perto do Mack) e peguei a General Jardim até a Araújo e depois virei a Praça sentido Av. São Luis. Esse caminho foi tranquilo, talvez pelo horário, mas como essa rua tem muitos restaurantes, (incluindo Z Deli, Jazz B e Casa do Porco), achei tranquilo. Esse mesmo movimento se repetiria do Copan até o metrô, mas meu marido, que estava acostumado a zanzar por aqui em qualquer horário da noite, evita alguns trechos e sai apenas com o cartão de crédito no bolso.
Onde hospedar no centro de São Paulo: Praça da República
Esta é a parte do centro mais movimentada, cheio de lojas e escritórios, mas também com bastante prédios residenciais. É por aqui que temos o famoso Copan, o icônico Esther e os lindos edifícios da rua São Luis.
Aos domingos, na praça da República, ocorre uma feirinha de artesanato e a pressa e correria do dia a dia se transforma em uma área de lazer para os paulistanos. Gosto bastante do centro aos domingos!
A vantagem de se hospedar por aqui é a proximidade com o metrô República (linha vermelha e amarela e a 1 estação da linha azul e verde) que te leva rapidamente para a Paulista e Pinheiros e a proximidade com o ônibus executivo que segue sentido aeroporto de Guarulhos. Além disso, eu diria que, por ser a parte mais movimentada, acaba sendo uma parte segura.
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Triângulo Ipiranga, Consolação e São Luís e Martins Fontes
É um trecho bastante movimentado de pessoas e carros e que eu considero seguro em vários momentos do dia. Neste trecho encontramos apenas um hotel 4 estrelas, o Novotel Jaraguá; Recentemente o icônico Boulevard Inn na São Luís fechou e não sei se outra rede comprará o espaço.
Como é um trecho bastante residencial, é uma região cheia de apartamentos para alugar.
Atualização abr/2023: Vou manter a informação que escrevi em 2020: Nos últimos meses a Av. São Luis à noite tem ficado deserta demais e, se estou sozinha, tenho dado preferência para caminhar pela Ipiranga (sempre muito movimentada, principalmente neste trecho)
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Os arredores a este triângulo
Eu ainda acho este trecho seguro, mesmo saindo um pouco deste triângulo. Eu, Juliana, raramente ando a pé sozinha, mas meu marido, Thiago, frequentemente vai à mercadinho ou padaria mesmo após a meia-noite e nada ocorreu (mas agora em 2023 ele sai apenas com o cartão). Sem contar que no final de 2018 este trecho recebeu uma boa quantidade de bares, cafés e restaurantes “descoladinhos”, que aumentam o movimento de pessoas e diminui perigos.
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Copan até a Amaral Gurgel
Este trecho é bastante residencial e tem aumentando o movimento durante a noite. Acho inclusive que hoje, 2023, é o melhor trecho aqui do centro. Aconselho, claro, ficar atento ao caminhar sozinho/a à noite.
O quarteirão da Maj. Sertório x Ipiranga recebeu nos últimos anos a presença da discoteca Tokyo e, graças a ela, outros bares e cafés gourmetizados. Com isso o trecho ganhou mais movimento e segurança. O mesmo vale para a Gen. Jardim e Marquês de Itu.
Neste trecho tem um hotel 4 estrelas: Slaviero Downtown (antigo Nobile) que se encontra bem perto da Ipiranga, em frente à Casa do Porco. Uma opção econômica é o Hotel Calstar, que fica perto do Copan e do antigo hotel Hilton. Para quem prefere apartamentos, o 360 Suítes For Consolação também está em uma boa localização.
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Trecho Martins Fontes e Augusta
Em um passado, eu frequentemente descia da Paulista até a República pela Augusta, passando pela Martins Fontes sozinha inclusive à noite. Gosto muito do movimento e agitação dela.
No entanto, faz muito tempo que não faço isso. Acho que ainda é uma região bem movimentada, graças aos restaurantes ali presentes e ao Parque Augusta (que fecha às 21h)
Nesse trecho indico aqui o reformulado 5 estrelas, Ca’ d’Oro e o 4 estrelas, Braston São Paulo, bem em frente à movimentada rua Avanhandava (a dos restaurantes dos Mancini).
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Trecho República x Anhangabaú
É o trecho de calçadão aqui do centro e um dos quais eu circulo com frequência. Durante o dia é super movimentado e a noite (incluindo os sábados), super barulhentos.
Na Basílio da Gama tem o 4 estrelas Hotel Gran Corona. A rua pode ser estranha, por ser sem saída, mas nela se encontra o Almanara, o Califórnia Lanches, o Starbucks e uma das entradas do Rooftop Esther.
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O trecho da praça da República até o Arouche
Esse trecho é bastante movimentado durante o dia, principalmente na rua do Arouche. Há um bom hotel na rua Aurora perto do metrô, o 3 estrelas, San Juan Business e ao lado dele, um residencial com muitos apartamentos para alugar, como o 360 Suítes República e o Downtown Republica Premium.
No entanto, esse trecho meu marido parou de caminhar a noite. Antigamente havia uma padaria 24h no largo do Arouche e a gente caminhava tranquilamente pela Vieira de Carvalho, mas o trecho começou a ficar estranho.
A Vieira de Carvalho continua com movimentação quase 24 horas devido aos bares, mas desde 2020 temos visto um movimento bastante estranho nessa região. Nada perigoso (por enquanto), mas venda de drogas abertamente como quem vende bala na esquina.
Onde hospedar no centro de São Paulo: Largo do Arouche
Vamos agora para o outro lado da praça. Temos outra área bem tradicional do centro, bem residencial e também bastante movimentada, com ótimos restaurantes (italiano, português e francês). Diria que é um local seguro para se hospedar, mas não sei se para ficar caminhando de madrugada. O mais tradicional aqui é o 4 estrelas San Raphael Hotel, mas tem também o 3 estrelas San Michel.
Este trecho está próximo à Rua São João e do outro lado da rua se encontra a Timbiras, cheia de hotéis, como mostrarei abaixo:
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Quadrilátero Ipiranga x São João x Duque de Caxias x Rio Branco
Nesse trecho concentra a maioria dos hotéis daqui, boa parte 3 estrelas, tanto que ficaria impossível citar todos aqui.
A Ipiranga e a São João são movimentadas, mas eu não posso dizer nada das ruas de seu interno e muito menos das ruas deste quadrilátero.
Segundo um aluno advogado, que mora no interior e se hospeda nesta parte, descobri que estes hotéis recebem não apenas pessoas que vão para fazer compras e negócios, mas prefeitos e secretários do interior de SP que vem para reunião nas diversas secretarias presentes aqui no centro. Segundo ele, é uma parte segura e barata do centro, mas não confio circular de madrugada por aqui.
Ainda na Ipiranga, antes de chegar na São João, posso citar o recém-reformado Marabá Bar Brahma Hotel e o Hotel Monreale Excelsior, ambos 4 estrelas e um de frente para o outro. No quarteirão atrás se encontra o 3 estrelas Timbiras Palace Hotel, o Hotel Columbia, mas tem muitos outros por ali e com preços bons.
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Santa Efigênia
Esta parte está entre a estação Luz e República e é a mais próxima da 25 de março. É uma região que eu não caminharia a noite (exceto pela Ipiranga, mas apenas por ela ser movimentada). Durante a pandemia e até antes mesmo cheguei a caminhar por ali com o Thi e com o Léo (dávamos uma volta pelo centro República – Anhangabaú – São Bento – Santa Efigênia – República) aos domingos. Era “caminhável”. Hoje eu não sei!
Cito aqui o hotel Normandie Design Hotel e o Uniclass Hotel São Paulo ambos na Ipiranga x Sta. Efigênia.
Se tiver dúvidas sobre a segurança no momento que estiver lendo esse post, pode escrever nos comentários.
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Querida Juliana,
Gostei muito da sua publicação. Eu moro há pouquíssimo tempo em SP e apareceu uma oferta de compra de um apartamento na rua 7 de abril. Estou com muita dúvida se vale a pena ou não por causa do lugar. Cada um me fala uma coisa… Por favor, se vc me permitir entrar em contato com vc por e-mail pra tirar algumas dúvidas, eu agradeço demais. Muito obrigada! Bjs
Oi Marcela
Eu te mandarei meu whatsapp pelo teu email
😉
Parabéns Juliana pelo post!!!!
MT sucesso p vc!
Muito obrigada!
😉
Juliana, nossa viagem é daqui alguns meses, vamos ficar na altura do número 1248 da av Ipiranga!
Vcs ficarão perto da Senador Queiroz e da Sta. Efigenia!
Olá Juliana, vamos nos hospedar na Av Ipiranga, estava bem receosa qto a ficarmos ali. Seu post ajudou bastante. Reservamos um apto pelo booking. Acho que facilita um pouco a localização para conhecermos mais SP.
Olà Tatiana
Em qual altura da Ipiranga vocês reservaram o hotel? Gostaram?
Que bom que este post te ajudou!
😉
Estive no começo desse ano em São Paulo, me hospedei na região da República. Tem policiamento na região mas a quantidade de crackeiros é enorme, gera muito medo, tanto de dia quanto de noite. Não tive coragem de sair a pé, apenas de uber.
Carla
Em qual lugar da Republica voce ficou? Eu moro aqui, bem em frente à praça e nao vejo crackeiro nenhum e, dependendo do horàrio, eu saio sozinha a noite, quando ainda tem movimento.
Infelizmente cresceu nos ùltimos 3 anos a quantidade de moradores de rua (tà feio mesmo), mas por experiencia pròpria: os que moram aqui nao fazem nada contra as pessoas (exceto pedir comida e dinheiro). MOTIVO: Eles estao sempre no mesmo lugar e normalmente em grupo, para se protegerem. Se eles fizerem algo contra alguém, serao obrigados a sair de onde estao e para eles isso nao é bom.
ps: a maioria dos crackeiros està na regiao da Luz