Argentina – Tango de Buenos Aires

Tango Buenos Aires

Argentina – Tango de Buenos Aires

Quer ver o que a Karina Bibiano e sua irmã fizeram durante 4 dias em Buenos Aires?

Relatos de viagem são sempre bons quando tudo dá certo, e também quando não dá tão certo assim… A viagem para Argentina, Buenos Aires com minha irmã foi surpreendente, econômica e rápida.
Dou aqui algumas dicas de passeio para aproveitar em menos de uma semana.

A viagem começou com uma parada de quase sete horas em Assunção, Paraguay. Passamos a noite naquele aeroporto totalmente deserto, não fosse os ratinhos que faziam barulho correndo de um lado para o outro…podíamos ter dado um bom cochilo, mas enfim, assim que amanheceu pegamos o avião até a capital argentina.

Era bem cedo quando conseguimos encontrar o hostel reservado para repousar nossas mochilas. Só elas porque saímos logo para fazer um reconhecimento do território.

Logo fizemos amizade com uma brasileira perdida, muito gente boa (aliás, brasileiro é o que não falta). Fizemos um tour básico de reconhecimento – Bairro de San Telmo, Casa Rosada, Congresso, metrô, Obelisco, Plaza de Mayo, Cabildo e calle Florida. Lá é uma cidade que dá pra conhecer tudo a pé, no máximo pegar um subte.
Falando em transporte, posso dizer que o preço é bem barato, apesar de que são muito antigo e com pouca iluminação comparado aos nossos daqui em São Paulo.
A linha A tem o famoso metrô de madeira, bem preservado por sinal. O centro é onde ficam as casas de câmbio: recomendo a casa Puente y Puente que fica na calle Sarmiento, bem confiável. (só não se esqueça de levar a declaração de aduanas e o RG).

A noite há muitos bares, lanchonetes e restaurantes abertos, por isso, não se preocupe em passar fome, por via das dúvidas fique com as empanadas tipicas porteña.
Apesar dessa variedade gastronômica a primeira noite resolvi me aventurar na cozinha do hostel com um miojo tipicamente brasileiro, salva-vidas. As vezes, economizar é preciso…

No dia seguinte, fomos com destino ao bairro La Boca. Pegamos o colectivo 29. Uma dica valiosa é adquirir moedas em todos os trocos que receber para poder usá-las nos ônibus, eles não possuem cobradores, somente uma máquina papa-moedas e contabiliza sua viagem devolvendo o troco quando for o caso.
O percurso foi bem rápido, até porque San Telmo é vizinha de La Boca. Dentro do bus pude avistar o estádio de La Bombonera, bem menor que eu imaginava.
Descemos em Caminito, lá foi um dos lugares mais encantadores que conheci .

Apesar de estar à margem da cidade, Caminito sobrevive graças a sua simplicidade que encanta turistas de todas as partes do mundo. As casas coloridas feitas de restos de navios (lá se localizava um antigo porto), varais com camisas do Boca e o clima de tango concretizado nos casais dançando nas ruas, hipnotizam diversas pessoas que visitam o bairro.

No almoço, paramos em um típico restaurante de parrillas para experimentar as famosas carnes argentinas.
A mando do garçom  saboreamos o famoso bife de chorizo, uma carne muito saborosa e macia acompanhada de uma geladíssima Quilmes…juntou a fome com a vontade de comer.
Os garçons era muito simpáticos e sabendo que estavam atendendo brasileiras, não paravam de jogar galanteios e usar gírias em português…até passaram o msn para contato, quiseram tirar fotos com a gente, um barato!

Muitos dos moradores da região recomendaram ficar por lá até umas 15hs quando o movimento começa a diminuir e ficar mais perigoso para os turistas. Como não conhecíamos o lugar, não quisemos nos arriscar e deixamos de lado a visita ao estádio.
Pegamos o colectivo de volta e paramos na feirinha de San Telmo (que funciona somente aos domingos). Estava lotada. Lá é uma Pça Benedito Calixto 5x maior. Antiguidades e muitos moradores da região com seus tesouros em exposição ao som das milongas ao fundo.

Perambulando pelos rincones de Buenos Aires encontramos a rua La Defensa com suas feirinhas artesanais, muita coisa diferente e bonita… me contive para não comprar tudo, até porque não poderia gastar todos os pesos em um único dia…

Um clima bem descontraído encontrei até a banda Hormigas Negras que tocava na calçada, um som muito bom por sinal. Caminhando mais um pouco me deparo estupefata com Mafalda sentada no banco da pracinha que fica entre as ruas Defensa e Chile!!!! Lá fica a residência de Quino e como homenagem fizeram a estátua da chica mais fofa e inteligente da Argentina. Sentei várias vezes para tirar muitas foto com ela…sou fã de carteirinha dessa pequena.
Me realizei!

Na segunda feira resolvemos conhecer os bairros de Recoleta e Palermo. Pegamos a linha D do metrô e descemos Scalabrini Ortiz, bem em frente ao zoológico , andamos pela avenida principal Santa Fé e nos seus arredores, até que chegamos ao Cemitério de la Recoleta onde se encontra Evita Perón e Carlos Gardel.

Tivemos que parar para comer em um shopping, já que não queria me arriscar em um restaurante caro. Esse dia a gente andou pacas…tentamos pedir informação para achar onde ficava a livraria El Ateneu (um antigo teatro), e encontramos uma brasileira que estava com seu namorado norueguês passeando pelas calles.

Eles foram muito simpáticos e se predispuseram a nos acompanhar já que era o mesmo caminho. Ela contou que o conheceu em Londres e depois começaram a namorar, porém como ela é de SP e ele da Noruega, resolveram se encontrar em Buenos Aires…loucura isso, mas uma história muito romântico!
A livraria é linda, possui um imenso espaço com estantes e mesas de café, um ambiente majestoso.

Voltamos para o hostel já cansadas de tanto andar, mas satisfeita pela caminhada. A noite, depois de cair um temporal em Buenos Aires, me encontrei com um amigo argentino que levou-me para conhecer um lugar muito interessante, o bar Nefestiti perto da calle Defensa com música ao vivo (la o couvert não é obrigatório, os músicos entregam um envelope e fica ao gosto do freguês dar sua contribuição), andamos pelas ruas desertas, mas bem iluminadas e a cada esquina tinha um policial, muito mais seguro que andar pela praça da República a 1h. O melhor de lá é que os ônibus circulam a noite inteira, e é sempre movimentado.

No último dia de passeio acordei cedo e fui procurar o mural do Che, lá el San Telmo. Reparei que em Buenos Aires todas as pixações e murais são de cunho sociais, de reivindicações e gritos de ordem, um povo bem politizado, diga-se de passagem. De quebra acabei me deparando com o Almacén de Don Manolo, o armazém das história de Mafalda realmente existe. Entrando no estabelecimento a vendedora disse que o único personagem que existiu foi o Manolo (tinha até fotos dele quando jovem e idoso, bem parecido).

Depois pegamos a linha 152 com destino ao Trem de la Costa. O tempo já não estava tão bom, uma garoa fina, mas compramos a passagem de ida e volta ao Delta do Trigre.

Fizemos uma parada em San Isidro e compramos uns vinhos bons por lá. Chegando no Delta não tinha muita coisa interessante ademais de uma cassino e um parque de diversão($).

Para descer o rio era necessário desembolsar uma graninha e não tinha mais pesos para isso, mas valeu pela paisagem. A tarde andamos pelo centro que funcionava normalmente apesar do feriado, nem parecia Carnaval. Para fechar com chave de ouro fomos a noite tomar um vinho e comer as típicas empanadas com a galera do hostel.

A viagem terminou as 5hs quando tivemos que arrumar as malas e pegar um táxi até Ezeiza, e fazer escala no Paraguay. Quatro dias que passaram voando e que ficou com um gostinho de quero mais. Mas foram dias que valeram (e muito) a pena e o bolso.
Recomendo! 


 

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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

3 thoughts on “Argentina – Tango de Buenos Aires

  1. Oi Ju! (soooorry por ver só agora…)Que sorte a sua, hehehe. Assunción tem um aeroporto minusculo e sem nenhum conforto para quem precisa esperar horas. Não quero mais fazer escala lá…apesar que os ratinhos eram bem simpáticos. rsrs! Bjs e valeu

  2. Karina… por um acaso você voou pela Gol?
    Sabe que eu tive sorte? A aeronave teve um problema e fomos obrigados a ficar esperando em Ezeiza; Acho que foram umas 5 horas de espera na madrugada, o que diminuiu o nosso tempo em Assuncion. Aquele aeroporto realmente é ruim!
    rs

    Ótimo texto!

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