Vale a pena usar o convênio com INSS ao invés do seguro viagem internacional?

Dica para quem està de malas prontas para a Europa: Será que vale a pena usar o convênio com INSS para obter assistência Médica gratuita no exterior?

Seguro viagem é aquele item que normalmente é esquecido por muitos, apesar de ser exigência para a entrada de brasileiros em seus países.

No caso de alunos em intercâmbio, o seguro viagem é obrigatório independentemente de onde você vai.
A Europa exige do turista um seguro saúde que cubra 30 mil €.

Se você entrar sem e eles te pedirem, você terá que comprar um seguro às pressas, senão não entra no país.

Mas é algo que pode sair caro e, por isso, muitos recorrem ao convênio com INSS, pois países como Portugal, Itália e Cabo Verde aceitam o INSS como alternativa ao Seguro Saúde.

Seguro viagem internacional ou convênio com Inss?

Bom, hoje eu faço seguro viagem até mesmo se viajo para algum local aqui no Brasil. Acho que o valor vale a pena em relação à dor de cabeça que podemos ter em uma viagem.

Inclusive, quando fiquei 3 meses na Alemanha, fiz um Seguro viagem internacional mesmo tendo direito àquele do cartão de crédito. Os benefícios são muitos: assistência em português, reembolso em caso de voo atrasado, bagagem perdida, medicação comprada e até mesmo atendimento médico domiciliar.

E em caso mais grave e caro, não preciso ir atrás da burocracia para obter o reembolso gasto ou de estourar todo meu limite (uma cirurgia emergencial na Europa não deve ser nada barata!).

Para se ter uma ideia, fiz uma pesquisa pelo site Seguros Promo e vi que 15 dias na Europa ou América sem desconto está saindo hoje R$ 160 reais pela Travel Ace, (o link acima já está com o desconto oferecido por nós! Faça pesquisa e veja se os valores estão mais baratos).

No entanto, se este é um valor que você não quer gastar, pode sim substituir pelo convênio com INSS, mas apenas para Portugal, Itália e Cabo Verde (dados que encontrei agora em 2018).

Para isso, o viajante deve ir com seus documentos (RG, CPF, Passaporte, Comprovante de residência, Cópia da carta da Universidade em caso de intercâmbio, Cópia da passagem de ida e volta) em um desses endereços  para obter o Certificado de Direito a Assistência Médica (CDAM).

O certificado é gratuito e possui validade de um ano com direito à renovação.

Mas a questão é:

Vale a pena substituir o Seguro Saúde pelo convênio com INSS?

Li alguns blogs dizendo que este benefício pode ser bom em caso de intercâmbio. Bom, a Travel Ace (a mais econômica) oferece apenas seguros de até 365 dias e está saindo hoje R$ 2.160 sem desconto (entrem em contato comigo. Posso conseguir até 15% de desconto).

Como as outras que oferecem um seguro por tempo maior sai o dobro do preço, talvez seja possível fazer 2 seguros saúde (2 seguros de 1 ano, para quem ficar 2 anos fora).

Claro que é uma economia maravilhosa, mas fazer o convênio com INSS pode ser problemático: Decidi fazer este post após uma aluna passar por um perrengue na Itália e aproveitarei seu caso:

  • Usando o convênio com INSS como seguro saúde na Itália!

Este caso ocorreu com minha aluna Angélica, que conseguiu uma bolsa de estudo para um mestrado em uma cidadezinha da Emilia Romagna e foi para lá com o dinheiro contado.

Por isso, ela não fez o seguro e foi atrás do convênio com INSS para conseguir o visto de estudante.

Se você tem uma saúde perfeita e durante teu período não passar por nenhum problema de saúde, o convênio com INSS pode ser uma boa. Caso contrário, pode te dar algumas dores de cabeça!

O problema de viajar com a permissão do INSS é que ele vale apenas para os PS públicos, assim com o INSS no Brasil e mesmo assim, apenas para caso graves (pelo menos foi o que eu consegui entender do caso da Angélica).

E quando digo grave, significa caso de vida ou morte.

Mas o que aconteceu com minha aluna?

Ela não me disse exatamente qual sintoma ela teve, mas pelo o que eu entendi, ela passou muito mal a ponto de entrar no PS se contorcendo de dor. A atendente olhou para ela e lhe disse que procurasse alguma clínica! Nem o nome dela lhe perguntaram!

Como ela estava muito mal, apesar de pouca grana, ela entrou em contato comigo pedindo informações de como fazer um seguro saúde em caráter emergencial.

Com isso, comecei a fazer algumas pesquisas e descobri (me corrijam caso eu esteja enganada) que na Europa em geral, os Prontos Socorros atendem apenas urgência. Casos de vida ou morte.

Aqui no Brasil, somos habituados a ir ao PS por causa de uma simples gripe, tanto que passamos por uma triagem e estes nos “etiquetam” com cores que indicam a urgência da situação.

Na Europa não!

Conversando com dois alunos médicos que atendem em PS em SP (público e privado), percebi que eles concordam com isso e que muito trabalho inútil em PS poderia ser destinado a postos de saúde.

Se teu caso não é de vida ou morte, você deve ir à “Guarda Médica”. Segundo minha aluna, haviam poucos horários (não é 24hs) e eles também não a atenderam. Disseram que o caso dela deveria ser direcionado ao “médico de base” e que com o INSS ela poderia ser atendida pagando uma taxa (ela não soube me dizer se o valor é fixo ou depende da especialidade).

Mas porque o INSS não pode atendê-la?

O convênio com INSS não é um seguro saúde e ele oferece apenas cobertura em caso de emergência! No caso da Angélica, eles não quiseram nem mesmo dar alguma medicação para aliviar sua dor. A mandaram para fora do PS.

Obviamente ela ficou desnorteada.

Conversando com algumas pessoas, ela descobriu que para ter acesso a esse sistema de saúde (algo como médico residencial), ela deveria pagar 100€/mês. Um valor muito maior em relação ao seguro viagem.

Fui atrás de alguns relatos feito por brasileiros que viajaram com o Inss e um caso me deixou surpresa: um senhor escorregou e quebrou o braço. Ele disse que perdeu praticamente um dia inteiro procurando o PS, se livrando da burocracia e esperando o atendimento (muito tempo para um raio X, depois muito tempo para o atendimento e colocação do gesso)!
Algo que poderia levar algumas horas! E passou todo este período sentindo dores.

Claro que, quando viajamos, não pensamos nos pontos negativos de uma viagem, mas ele pode existir.

Eu tive um aluno, classe média alta, que em seu último dia de viagem, na cidade de Florença, desmaiou de dores e foi parar no hospital. Descobriu uma apendicite e foi operado lá mesmo.

Ele viajou com o seguro do cartão de crédito e tinha condições de pagar a internação, a troca da passagem e todos os gastos que essa operação de última hora lhe causou. Obteve o reembolso posteriormente (com alguma chatice), mas ele tinha limite suficiente no cartão para tal procedimento, assim como possibilidade de fazer o pagamento antes do reembolso.

E quem não tem essa condição?

Lembrando que o INSS te ajudaria apenas com a internação em PS público. Acho que vale a pena dar uma olhada nos benefícios que um Seguro de viagem internacional pode oferecer.

😉

Se você viajou com o seguro do INSS e passou por algum problema, relate aqui nos comentários!


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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

16 thoughts on “Vale a pena usar o convênio com INSS ao invés do seguro viagem internacional?

  1. Olá Juliana. Como você mencionou ter ficado 3 meses na Alemanha. Especificamente pra lá você pode fazer um Convênio Saúde pela Mawista. Turista paga apenas € 1,25 por dia.

  2. Olá!
    Só para deixar meu relato, estou na Itália (Siena), estava me sentindo mal a uma semana com dormência nas mãos e resolvi ir na emergência do hospital “público” pois ainda estava aguardando minha documentação ser liberada pela questura, eu só tinha o passaporte, fui muito bem atendida na emergência e não tive nenhum tipo de problema.

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