Sinceramente? Ainda bem que aceitamos!
O lado boliviano do Titicaca é muito mais bonito! Ou demos sorte!
Como chegamos até Isla del Sol?
* De avião é mais rápido, porém, não há aeroporto em Puno (cidade peruana base para o Titicaca) e nem próximo a Copacabana (cidade boliviana base para o Titicaca), mas em Juliaca, considerada a cidade mais perigosa do Peru.
* De ônibus, a viagem é mais longa que o avião, mas mais rápida e barata que o trem;
O problema é: para quem tem uma limitação de tempo, a viagem não é ideal!
Até era, mas não ia direto para Copacabana como nos prometeram.Saímos de Cuzco às 22h; chegamos às 04h40 em Puno (no inverno é um frio do cão! Levem roupa pesada; há um hotel na rodoviária!) e o bus sentido Copacabana sairia por volta das 07h00 (um ônibus simples! Não façam como nós! Não paguem por bus de luxo, pois parece que não tem!).
Tivemos ainda a “sorte” de chegarmos em dia de festa e com isso, transito completamente parado!
O caminho é todo em volta do lago; a paisagem é linda, mas depois de um tempo, cansa! 🙂
No entanto, a ilha é muito agradável! O hostel que ficamos (da rede H.I) é totalmente rústico, mas limpo e organizado. Quem estava tomando conta quando fomos era a índia Marcela, uma simpatia de pessoa!
O quarto que hospedamos é aquele com a sacada e a visão de nossa janela era simplesmente de tirar o folego, desta vez não literalmente (foto abaixo)!
😉
Um detalhe muito importante sobre a ilha: ela não tem grandes estruturas; a maior parte da iluminação é a luz do sol; a energia que passa é usada para eletricidade caseira;
Se quiser curtir a ilha à noite, leve lanterna.
A água (da descarga, por exemplo), fica em um barril, do lado de fora do banheiro; e essa água vem carregada por um burrico; Não tivemos coragem de descobrir como seria o banho aqui! Mas certamente não seria quente!
Bom, depois de toda dificuldade em subir os 500 metros de escada até o HI, descansamos um pouco e decidimos ver o por do sol que estava por acontecer.
Nos indicaram a trilha e lá fomos nós.
O caminho é muito bonito, a cor azul que o sol deixa na água é estonteante! Como fomos no inverno, era possível admirar as montanhas com picos nevado! Lindo demais!
Claro que, para apreciar tudo isso, tinha um preço: o fôlego!
Quando se chega próximo da parte mais alta da ilha, uma simples ladeirinha parecia impossível de percorrer.
Tanto na foto maior acima, que tirei do percurso com a cidade ao fundo (o albergue não fica na área mais alta da cidade;) quanto a foto abaixo que mostra a sequência daquela estrada com o ponto mais alto ao fundo são difíceis de percorrer!
Não dá para descrever!
E não é porque não estávamos em grande forma! E’ difícil mesmo!
Outro fator ruim para o inverno: o frio! Sabe aquela história de que, quanto mais alto, mais frio? Imagine no inverno? Como o sol estava forte, não fomos com agasalho pesado.
Resultado: fomos embora antes do pôr do sol!
Como eu disse no início do post, existem 2 horários para embarcação na ilha; não me lembro agora, mas acho que o embarque para Copacabana se dava às 17hs.
Tomamos logo cedo o nosso café da manhã (o melhor que tivemos na viagem) e decidimos caminhar pela ilha; tínhamos muito tempo para isso.
Decidimos pegar uma trilha plana que saia da rua abaixo ao albergue (não queríamos esforço – rs) e fomos até onde dizem ter a porta do Sol. Digo isso pois não a achamos! 😉
Claro que o caminho não foi perdido! Muito pelo contrário; foi lindo demais e nos rendeu muitas fotos!
Não sei exatamente o que os turistas fazem quando vai à esta ilha. As embarcações saem lotadas, mas vimos poucas pessoas circulando pela ilha (talvez estivéssemos no lado oposto ao restante), mas depois de nossa caminhada, ficamos um pouco no albergue…. descansando e esperando almoço que a caseira do albergue, a Marcela iria nos fazer.
Bom, conto esta historia para todos; porque não também a vocês!
Peru é um país barato, mas a Bolívia (principalmente aqui) é quase de graça!
Tirando, claro, produtos de mercadinho (que são caros, pois tudo vem de barco e nas costas dos moradores), o que é feito por eles, é muito barato.
Compramos de uma vendinha na garagem de um local um tipo de pão com recheio de doce de leite com coco delicioso! E barato!
O mesmo com a nossa refeição!
Nós éramos os únicos no albergue e decidimos de última hora comer ali; como não avisamos na hora do café da manhã, tivemos que esperá-la terminar a arrumação; isso foi o de menos!
Olhamos o cardápio e pedimos truta andina com arroz e batata. Mais uma garrafa de cerveja de 600 ml. Acreditem se quiser, em 2011, pagamos por 2 pratos de truta (imensas! Olhem as fotos) com arroz, batata, salada de pepino e uma garrafa de cerveja, a bagatela de US 10! Naquela época era algo como R$ 17,00!!!!!! A cerveja onde moramos custa R$ 7,00 a garrafa!
Nunca comeríamos bem por menos de R$ 20,00!!!!!! E estava tudo muito delicioso!
O retorno foi tao cansativo como a ida! Fomos em outra embarcação. A própria Marcela nos vendeu o bilhete; o legal é que ficamos na parte superior, admirando o restinho do Titicaca e passando frio.
De Copacabana voltamos para Puno no mesmo ônibus! Desta vez atravessar a fronteira foi mais complicado. Fila imensa, pois estava em cima da hora para o fechamento da imigração. Por sorte deu tempo!
Meu conselho: a nossa viagem foi punk demais. Talvez deveríamos ter feito Puno no primeiro dia e Isla del Sol no segundo; mas de qualquer forma, façam! O lado boliviano, pelo menos na Isla del Sol é muito mais bonito do que o lado peruano (ou demos muita sorte)!