Isla del Sol – Bolivia

Isla del Sol
Decidimos ir à Isla del Sol na Bolívia em apenas um dia, voltar para o Peru e seguir rumo à Lima; O nosso primeiro plano era descer e conhecer a Bolívia, mas deixamos essa ideia para uma próxima viagem. Na verdade fizemos a Isla del Sol, apesar da mudança de roteiro por causa do trem em Machu Picchu, por “insistência” de nossa amiga Mayra Saito.
Sinceramente? Ainda bem que aceitamos!
O lado boliviano do Titicaca é muito mais bonito! Ou demos sorte!
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Como chegamos até Isla del Sol?

Turistandoin Bolivia Isla del Sol (1)Bom, de Cuzco até Isla del Sol não é fácil; os caminhos possíveis são: avião, trem e ônibus.
Fomos em uma época que ocorriam protestos violentos por Juliaca e Puno; Quase cheguei a abortar o trajeto e só fizemos graças às atualizações do pessoal no forum do Tripadvisor (porém, apenas em inglês!).
* De trem o caminho parece ser interessante, porém é mais caro e muito mais lento!
* De avião é mais rápido, porém, não há aeroporto em Puno (cidade peruana base para o Titicaca) e nem próximo a Copacabana  (cidade boliviana base para o Titicaca), mas em Juliaca, considerada a cidade mais perigosa do Peru.
* De ônibus, a viagem é mais longa que o avião, mas mais rápida e barata que o trem;
Existem duas opções: os ônibus de viagem e os ônibus turísticos;
O turístico é mais caro, mas bastante interessante; ele sai de Cuzco na manha e vai parando por várias cidades até chegar em Puno em um passeio intitulado Ruta del Sol.
O problema é: para quem tem uma limitação de tempo, a viagem não é ideal!
Decidimos pegar o de viagem; fomos até o terrapuerto de Cuzco, conhecemos todas as empresas que iam para Copacabana e escolhemos um bus que parecia ser bom.
Até era, mas não ia direto para Copacabana como nos prometeram.Saímos de Cuzco às 22h; chegamos às 04h40 em Puno (no inverno é um frio do cão! Levem roupa pesada; há um hotel na rodoviária!) e o bus sentido Copacabana sairia por volta das 07h00 (um ônibus simples! Não façam como nós! Não paguem por bus de luxo, pois parece que não tem!).

A viagem de Puno à Isla del Sol começou  às 07h00 e terminou por volta das 14h; Além do percurso ser realmente muito longo, há a demora para passar pela imigração;
Tivemos ainda a “sorte” de chegarmos em dia de festa e com isso, transito completamente parado!
bolivianos e peruanos em passeatas; dia de Pachamama (mãe terra)
bolivianos e peruanos em passeatas; dia de Pachamama (mãe terra)

O caminho é todo em volta do lago; a paisagem é linda, mas depois de um tempo, cansa! 🙂

Ao chegar em Copacabana, diversas pessoas te seguirão para vender a passagem de barco para a ilha; compramos a primeira que nos ofereceram; mas cuidado com os preços; mais barato não significa barganha, mas sim, barco menos confortável e  devagar!
Todos eles saem praticamente no mesmo horário; são apenas 2 por dia; um na manhã (às 8hs) e outro à tarde (às 15hs). Tivemos apenas tempo para uma pausa-almoço antes de seguir viagem!
A cidade boliviana de Copacabana
A cidade boliviana de Copacabana
A viagem de Copacabana para a Isla del Sol é bastante parecida com a viagem Puno-Copacabana: encantadora no início e tediosa na sequência. O barco que fomos era lento demais e o trajeto longe demais; Não me lembro, mas acho que a viagem levou umas 2 horas;

No entanto, a ilha é muito agradável! O hostel que ficamos (da rede H.I) é totalmente rústico, mas limpo e organizado. Quem estava tomando conta quando fomos era a índia Marcela, uma simpatia de pessoa!
O quarto que hospedamos é aquele com a sacada e a visão de nossa janela era simplesmente de tirar o folego, desta vez não literalmente (foto abaixo)!
😉

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Um panorama feito da sacada do quarto!


Um detalhe muito importante sobre a ilha: ela não tem grandes estruturas; a maior parte da iluminação é a luz do sol; a energia que passa é usada para eletricidade caseira;
Se quiser curtir a ilha à noite, leve lanterna.

A água (da descarga, por exemplo), fica em um barril, do lado de fora do banheiro; e essa água vem carregada por um burrico; Não tivemos coragem de descobrir como seria o banho aqui! Mas certamente não seria quente!

No meio do caminho para o ponto mais alto, é possível ver a cidade lá em baixo. E chegar até aqui, com essa pequena elevação, nos deu trabalho
No meio do caminho para o ponto mais alto, é possível ver a cidade lá em baixo. E chegar até aqui, com essa pequena elevação, nos deu trabalho

Bom, depois de toda dificuldade em subir os 500 metros de escada até o HI, descansamos um pouco e decidimos ver o por do sol que estava por acontecer.
Nos indicaram a trilha e lá fomos nós.

O caminho é muito bonito,  a cor azul que o sol deixa na água é estonteante! Como fomos no inverno, era possível admirar as montanhas com picos nevado! Lindo demais!
Claro que, para apreciar tudo isso, tinha um preço: o fôlego!

Quando se chega próximo da parte mais alta da ilha, uma simples ladeirinha parecia impossível de percorrer.
Tanto na foto maior acima, que tirei do percurso com a cidade ao fundo (o albergue não fica na área mais alta da cidade;) quanto a foto abaixo que mostra a sequência daquela estrada com o ponto mais alto ao fundo são difíceis de percorrer!

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Não dá para descrever!
E não é porque não estávamos em grande forma! E’ difícil mesmo!
Outro fator ruim para o inverno: o frio! Sabe aquela história de que, quanto mais alto, mais frio? Imagine no inverno? Como o sol estava forte, não fomos com agasalho pesado.
Resultado: fomos embora antes do pôr do sol!

Como eu disse no início do post, existem 2 horários para embarcação na ilha; não me lembro agora, mas acho que o embarque para Copacabana se dava às 17hs.
Tomamos logo cedo o nosso café da manhã (o melhor que tivemos na viagem) e decidimos caminhar pela ilha; tínhamos muito tempo para isso.
Decidimos pegar uma trilha plana que saia da rua abaixo ao albergue (não queríamos esforço – rs) e fomos até onde dizem ter a porta do Sol. Digo isso pois não a achamos! 😉
Claro que o caminho não foi perdido! Muito pelo contrário; foi lindo demais e nos rendeu muitas fotos!

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Não sei exatamente o que os turistas fazem quando vai à esta ilha. As embarcações saem lotadas, mas vimos poucas pessoas circulando pela ilha (talvez estivéssemos no lado oposto ao restante), mas depois de nossa caminhada, ficamos um pouco no albergue…. descansando e esperando almoço que a caseira do albergue, a Marcela iria nos fazer.

Turistandoin Bolivia Isla del Sol (26)Bom, conto esta historia para todos; porque não também a vocês!

Peru é um país barato, mas a Bolívia (principalmente aqui) é quase de graça!
Tirando, claro, produtos de mercadinho (que são caros, pois tudo vem de barco e nas costas dos moradores), o que é feito por eles, é muito barato.

Compramos de uma vendinha na garagem de um local um tipo de pão com recheio de doce de leite com coco delicioso! E barato!
O mesmo com a nossa refeição!

Nós éramos os únicos no albergue e decidimos de última hora comer ali; como não avisamos na hora do café da manhã, tivemos que esperá-la terminar a arrumação; isso foi o de menos!

Olhamos o cardápio e pedimos truta andina com arroz e batata. Mais uma garrafa de cerveja de 600 ml. Acreditem se quiser, em 2011, pagamos por 2 pratos de truta (imensas! Olhem as fotos) com arroz, batata, salada de pepino e uma garrafa de cerveja, a bagatela de US 10! Naquela época era algo como R$ 17,00!!!!!! A cerveja onde moramos custa R$ 7,00 a garrafa!
Nunca comeríamos bem por menos de R$ 20,00!!!!!! E estava tudo muito delicioso!

O retorno foi tao cansativo como a ida! Fomos em outra embarcação. A própria Marcela nos vendeu o bilhete; o legal é que ficamos na parte superior, admirando o restinho do Titicaca e passando frio.

De Copacabana voltamos para Puno no mesmo ônibus! Desta vez atravessar a fronteira foi mais complicado. Fila imensa, pois estava em cima da hora para o fechamento da imigração. Por sorte deu tempo!


Meu conselho: a nossa viagem foi punk demais. Talvez deveríamos ter feito Puno no primeiro dia e Isla del Sol no segundo; mas de qualquer forma, façam! O lado boliviano, pelo menos na Isla del Sol é muito mais bonito do que o lado peruano (ou demos muita sorte)!


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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

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