Visitando o Museu História da Arte de Viena #museumweek

Museu História da Arte de Viena

Chegou o #museumweek e venho cá com a minha resenha do Museu História da Arte de Viena (Kunsthistorisches Museum em alemão), considerado um dos mais importantes do país e disparado o que eu mais amei da minha visita ao “Leste Europeu” (Tão bom quanto o Gemaldegalerie de Berlim).

Se o prédio vizinho (Museu História Natural de Viena) encanta crianças e adultos com seus dinossauros, o Museu História da Arte de Viena encanta a todos que amam pintura e esculturas.
O Thiago e eu, em particular, amamos de paixão e tivemos um treco dentro daquele museu.

Este post faz parte de uma blogagem coletiva do RBBV para o #museumweek. No final do post tem uma lista imensa de blogs que também participaram da ação.


Visitando o Museu História da Arte de Viena

O que ver e fazer em Viena na Austria
A Maria-Theresien-Platz com o prédio do Museu de Arte Natural (idêntico ao Museu de História da Arte)

O Museu História da Arte de Viena se encontra na Maria-Theresien-Platz (Praça Maria Tereza), uma praça belíssima do outro lado da Heldenplatz (a praça do Palácio de HofBurg).

Dela é possível ver a Äußeres Burgtor (algo como Porta exterior de Burg – foto abaixo), que dá acesso à Heldenplatz e, por consequência, ao palácio de HofBurg, Neue Burg e ao Burggarten.

Mas voltemos a bela e bem cuidada Maria-Theresien-Platz.
Ao entrar nela, além do jardim encantador (fomos no inverno! Fico imaginado como deva ser na primavera), vocês verão dois prédios imponentes, maravilhosos, idênticos e construídos conforme a arquitetura renascentista italiana.

Um abriga o Museu de história Natural (Naturhistorisches Museum) e o outro, o museu tema deste post, o Museu História da Arte de Viena.

A acessibilidade

Escadaria que nos leva para o “mezanino”. Ao fundo, Teseu, do italiano Canova

Entramos no museu com o ViennaPass, sem pegar fila. O valor do ingresso estava incluso no cartão. Como o visitamos em jan/2016, peço que vocês verifiquem no site oficial do ViennaPass para saber se o passe continua oferecendo entrada livre.

O museu é dividido em 3 andares, sendo que o primeiro (mezanino) é considerado o andar 0,5. A porta de entrada se encontra no centro do prédio e, para acessar esse andar 0,5, precisamos subir escadas.

Porém, assim como o Museu de História Natural (o prédio gêmeo), este museu é acessível à cadeirantes e carrinhos de bebês (são 3 elevadores no total).

Na ocasião, como não era hora da soneca do Léo (e ele estava de saco cheio de ficar sentado), deixamos o carrinho dele na chapelaria (e não pagamos nada a mais por isso).


Quer ver se vale mesmo a pena comprar o Vienna Pass? Eu tive uma super economia quando fui!


Além disso, o mais interessante é que em todas as salas da pinacoteca temos a disposição sofás. Para quem não quer apreciar as obras em pé, pode se sentar confortavelmente.

O Thiago segurando o Léo no colo. Sofás em todas as salas centrais.

O plano do museu

A cúpula no centro do museu

Adoro quando entro em museus e eles nos entregam o mapa das salas com destaques para os highlights.

Normalmente meu marido e eu, antes de começar nossa peregrinação cultural, observamos o mapa e começamos pelas salas que mais nos agradam.
Se o museu é grande demais ou se temos pouco tempo e sabemos que não será possível visitar tudo, escolhemos as salas que mais nos interessam.

Os 3 níveis do Museu História da Arte de Viena:

  • Piso 0,5 (mezanino): coleção egípcia Oriental (Ägyptisch- Orientalische Sammlung), a coleção de escultura e artes decorativas (Kunstkammer) e a coleção de antiguidades gregas e romanas (Antikensammlung).
  • Piso 1:  coleção de pinturas (Gemäldegalerie): pintura holandesa, flamenga, alemã, italiana, espanhola e francesa.
  • Piso 2: o gabinete moeda (Münzkabinett) e uma sala para mostras especiais (Sonderausstellung).

Apesar de tudo parecer maravilhoso, decidimos por visitar apenas o nível 1, com a galeria de pinturas.
Imaginem-se encontrar em um único local Caravaggio, Tiziano, Mantegna, Tintoretto, Canova, Raffaello, Brueghel (o Velho e o Jovem), Dürer, Klimt, Rubens, Jan Steen, Jan van Eyck, Velázquez e Vermeer (ufa… esqueci mais alguém???). Sim, tive um treco!

O andar das galerias de pintura. Clique para aumentar

Para quem está interessado em saber o que visitar em cada sala, no site oficial do museu é possível ver este plano de forma interativa.

 

Os quadros do Museu História da Arte de Viena (1° andar)

Verificando o plano do Museu História da Arte de Viena, é possível ver que os andares são divididos pelo lado direito e lado esquerdo em relação ao centro.

  • As salas dos artistas italianos, franceses e espanhóis.

As salas são divididas por artistas e seus “seguidores” ou por períodos.

Para o lado com as salas dos pintores italianos (ficamos um bom tempo nelas), Caravaggio dá o tom de uma das salas, não apenas porque nela há alguns de seus quadros, mas porque seu “Davi com a cabeça de Golias” (que também é seu autorretrato), apesar de pequeno, domina o ambiente.

O caráter realista da dura cena impacta bastante e ainda encontra eco em outras duas cabeças cortadas ali presentes. O tema de “Judite com a cabeça de Holofernes” aparece em outros quadros, nas interpretações de Simon Vouet e também de Carlo Saraceni – este, com luzes especialmente poderosas e aparentemente influenciado por Caravaggio.

Ao lado desta obra temos um quadro bem maior, o Madonna del Rosario (foto abaixo). Ainda nesta sala se encontra a 3° obra de Caravaggio presente neste museu, a Coroação de Espinhos.

O Madonna del Rosario e o David com a cabeça de Golias, ambos de Caravaggio

Ainda nas salas dos italianos, vale ainda destacar o contorcido “São Sebastião” de Mantegna, as duas obras de Rafael (Madonna del Belvedere Santa Margherita) e a sala dedicada à Tiziano, composta por 10 quadros do artista vêneto.

  • As salas dos artistas holandeses, flamengos e alemães.

Do outro lado da escada,  um dos destaques evidentes é a sala dedicada a Bruehel, o velho, onde se pode ver várias de suas paisagens e cenas.

A “Torre de babele os “Caçadores na nevetalvez sejam as obras mais conhecidas e certamente merecem muita atenção.

Mas não se pode deixar a sala sem se dedicar aos “Jogos de crianças ou sem olhar para o camponeses se casando – “Boda camponesa – ou dançando – “Dança camponesa” .

Dürer não poderia ficar de fora de um museu tão importante para o mundo de língua alemã e é representado aqui por sua “Adoração da trindade“, de tamanho médio, mas de enorme força.

O quadro traz uma representação do rosto de Deus, o que não é muito comum, e merece um tempo de observação das reações de cada um dos adoradores; vale também reparar no autorretrato com que Dürer “assina” o quadro.

 

“Adoração da trindade” de Dürer

A Saliera de Cellini

Escolhemos as pinturas, pois sabíamos que não teríamos tempo de ver tudo. Porém, queríamos muito ver a famosa saleira de Benvenuto Cellini,  um dos highlights. Esta obra se encontra no mezanino e merece ser vista com atenção, não apenas por ser feita em material precioso, mas também pela alegoria Terra e Mare e seus detalhes.

A saleira tem uma história grandiosa, uma vez que foi feita por Cellini para o rei Francois I da França e serviu de presente para o rei Fernando II da Áustria e consequentemente entrou na coleção dos Habsburgo.
Mais recentemente, em um capítulo nada glorioso, ela foi roubada do museu e mais tarde encontrada enterrada em uma floresta perto de Viena.

A Saliera de Cellini

Uma pausa para um café

Como todo bom museu, o Museu História da Arte de Viena tem um cafezinho. Tudo muito chique e caro….

O Café & Restaurante se encontra no magnífico salão abobadado do Museu Kunsthistorisches. Aqui tomamos um café e pedimos a famosa torta Sacher. Tudo somado, nossa continha deu pouco mais que 10€.

Mesmo que você não queira se sentar e tomar um café, aprecie de uma das janelas a praça Theresa Square com o Museu de História Natural (1° foto deste post).

 

Informações básicas:

Endereço: Maria-Theresien-Platz, 1010 Wien
Sitehttp://www.khm.at

Como chegar:  O museu está entre o palácio de HofBurg e o QuartierMuseum. Segundo o site, para chegar a partir da Westbahnhof, você deverà pegar o trem U3 até a estaçao Volkstheater. Se for a partir da  Hauptbahnhof, pegue  o bonde D que segue sentido  Burgring e desça na parada Kunsthistorisches Museum.

Preço: € 15  e você pode comprar pelo site e furar fila. Até 19 anos de idade: Entrada gratuita 🙂
Entramos com o ViennaPass sem pagar nada a mais por isso.
Horário: Terças-feiras a domingos 10h às 18h  /  Quintas-feiras 10h às 21h. Durante o verão europeu (Junho até Agosto) o museu abre também às segundas.
Horário de funcionamento e possíveis descontos,  vejam no site



Booking.com


 

Não deixe de ver também os posts dos participantes da blogagem coletiva dos membros RBBV para o #MuseumWeek

 1) Trilhas e Cantos:  Museu Casa dos Contos, em Ouro Preto, Minas Gerais.  2) Tá indo pra onde?Museus e experiências além do básico em Barcelona  3) Mariana Viaja: National Gallery of Art, em Washington;  4) Turistando.inVisitando o Museu de História da Arte de Viena (Kunsthistorisches Museum)5) Vamos Por Aí: Meus Museus Favoritos6) Viajar correndoMuseu Light da Energia, Rio de Janeiro7) Guia do Nômade Digital: Galeria 11/07/95: Galeria sobre o Genocídio na Bósnia e Herzegovina8) Uma Viagem Diferente: 4 Museus Imperdíveis em Florença9) Quase Nômade: Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre10) Gastando Sola Mundo Afora: Museo de Arte Precolombino de Cuzco11) Passeios na Toscana; Florença do alto: as Torres abertas à visitação12) Cantinho de Ná: Museu do Futebol em São Paulo: paixão, história e entretenimento13) Destino CompartilhadoMuseu Lasar Segall14) Entre Polos:  Museu Nacional do Hermitage – São Petersburgo – Rússia;  15) Do RS para o Mundo: Centro Português de Fotografia – Porto/Portugal16) Mulher Casada ViajaExploratorium – Museu de São Francisco, Califórnia17) TurMundial Museu do Picasso em Málaga, Barcelona e Antíbes18) Ligado em ViagemBeco do Batman é museu de grafite e arte de rua em São Paulo; 19) Farrabadares: Memorial São Nikolai em Hamburgo; 20) Itinerário de Viagem: MET Museum em Nova Iorque21)Viajar hei: Museu Imperial – Petrópolis – Rio de Janeiro; 22) Sol de BarcelonaMuseu Olímpico e do Esporte – Barcelona;  23) Família Viagem:  Children’s Museum of Houston – Texas com crianças24)Dedo no MapaMuseu Paranaense;;  25) Viaje na WebAmerican Museum of Natural History – Museu de História Natural de Nova York26) Aquele LugarMuseus do Vaticano – Roma – Itália27) Viagem LadoBIlha dos Museus – Berlim28) Viajento: Museo Santuarios Andinos – Arequipa, Peru29) MEL a Mil pelo MundoMuseo de Ciências Naturais de Madrid30) Caixa de Viagens; Museu Charlie Chaplin: o Chaplin’s World em Vevey, Suíça31) Let’s Fly AwayMuseu Botero, Bogotá, Colômbia32) Viajo com filhosNemo Science Museum, em Amsterdã, Holanda33) Sonhando em ViajarCatetinho, em Brasília, Brasil34) ViajotecaBatik na Indonésia: Museu Têxtil em Jakarta, Indonésia35) MochilezaMuseu do Automóvel de Turim, Itália36) Comendo Chucrute e SalsichaMuseu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina37) 1001 Dicas de Viagem: Museu Histórico de Berna, Suíça38) Estrangeira: 8 Museus Imperdíveis em Barcelona, Espanha39) Devaneios de BielaMuseu Nacional da Finlândia em Helsinki40) ILoveTripTop 7 Museus em Brasília que você precisa conhecer41) Me Deixa Ser TuristaConheça o Museu da Revolução, em Havana42) A Fragata SurpriseMuseus de Florença – Guia de Sobrevivência;  43) Direto de ParisOs Museus de Troyes44) A Vida é Como Um Livro: Galeria Nacional da Noruega; 

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Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

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