Tonho Boteco Floripa: cerveja artesanal e comida de boteco

Tonho Boteco Floripa: cerveja artesanal e comida de boteco

Tonho Boteco Floripa: cerveja artesanal e comida de boteco em Santo Antônio de Lisboa

O avião mal tinha pousado em Floripa, minha amiga Vivi me escreve: Vocês chegaram com fome, né? Pegue um taxi e vá até o Tonho Boteco Floripa: o PF dos caras é muito bom e tem vários tipos de cerveja artesanal, que são divinas!  Não é um ambiente para turistas e vocês irão gostar!

Até daria certo se não tivéssemos viajado com o Léo: ele também morria de fome e estava um tanto quanto estressado por causa do voo. E o Tonho Boteco fica em Santo Antônio de Lisboa, no norte da ilha.

Com isso, deixamos  nossa visita para o final de semana, com a certeza que de deveríamos ir. A Vivi é uma grande amiga e antes de se mudar para Floripa, morava aqui pertinho da gente e, antes do Léo nascer (e um pouco durante), foi nossa companheira de boteco. Se ela indicou, dizendo que o Tonho Boteco era um excelente boteco, tínhamos que conferir.

Ao chegarmos, descobrimos  que é um lugar para passar um bom tempo, mesmo que seja apenas bebendo um chopp e comendo a famosa coxinha de costela, pois o ambiente e a qualidade da bebida nos convidam a uma estadia calma e alongada.

Mas onde fica Santo Antônio de Lisboa?

Floripa não é uma ilha muito grande. Em meia jornada, de carro, você consegue circular pelas suas estradas. Seguindo para o norte da ilha, se encontra uma antiga vila açoriana chamada Santo Antônio de Lisboa.

O centrinho é pequeno, pelo menos a parte turística e suas ruas, cheias de bares, restaurantes e docerias. Em uma dela, bem em frente para o mar, se encontra o Tonho Boteco Floripa.

O melhor é alugar um carro, mas é possível ir até Santo Antônio de Lisboa com ônibus. De onde você estiver,  pegue um ônibus até o terminal TISAN e do terminal, desça a pé ou pegue o ônibus que segue para Sambaqui.

O Tonho Boteco Floripa

A entrada do Tonho Boteco se encontra na R. Quinze de Novembro, como disse acima, bem em frente ao mar. É uma casinha que tenta recriar um ambiente rústico.

A decoração é descolada, feita do arranjo de objetos domésticos antigos, como uma vitrola, um baleiro, canecas e uma santinha, cuidadosamente colocados entre azulejos isolados (inteiros ou não), rótulos de bebidas, tampinhas de garrafas, pôsters com frases espirituosas, resultando um clima de “fundo de quintal descolado”, em um lugar charmosinho, mas onde dá para ficar à vontade e talvez até a memória afetiva despertada por algum objeto aleatório.

Nas paredes, algumas lindas fotos, feitas por um fotógrafo amigo do dono e colocadas nas pilastras em local de destaque, chamam a atenção e merecem um olhar mais cuidadoso. Aliás, um dos slogan da casa é “Botecar e Fotografar”.

O bar tem dois ambientes, um no térreo e outro no primeiro andar (mezanino), além da “pequena choperia“, presente pouco acima do mezanino. A iluminação baixa dá ao lugar um ambiente mais íntimo e propício para conversa (se escolher a mesa certa, talvez até um romantismo).

Provando Cerveja artesanal e comida de boteco

Decidimos dar um pulo em Santo Antônio de Lisboa no final do domingo, após um passeio de escuna que fizemos com o pessoal do Capitão Gancho Martin (em breve escreverei sobre).

Tìnhamos fome, mas não para uma feijoada (carro chefe da casa). Estávamos interessados em beber cerveja, claro, e provar os tais petiscos da casa, como a tal famosa coxinha que  venceu o prêmio estadual de Comida di Buteco 2018.

Chegamos, nos sentamos no térreo. Em seguida apareceu uma moça bastante simpática a nos servir. Ajeitamos o Léo, ele chiou um pouco quando percebeu que a casa não tinha um cadeirão para ele. Sentimos que ele ficou um tanto quanto decepcionado, mas se adaptou bem no colo do Thiago (rsrsrsrs).

Dependendo do dia e horário, você poderá ouvir música ao vivo. Domingo a tarde e noite tinha um rapaz no mezanino tocando mpb, com uma misturinha de samba. Há noites em que o som é jazz. Percebemos que o andar de cima estava cheio justamente por causa da música e esvaziou por volta das 18hs.

  • Degustação de cerveja artesanal:

O Tonho Boteco Floripa funciona em parceria com a cervejaria Sambaqui, que garante a excelente qualidade do chopp da casa.

Começamos com a tábua de chopps para provar (e aprovar!) as variedades oferecidas pelo boteco, apresentadas como se deve, da mais leve à mais forte em copinhos de 100ml.

Os cinco tipos de cerveja que a cervejaria oferece e que provamos foi: Lemon Wit, Belgian Blond Ale, American Indian Pale Ale, Rauchbier e, por último, nos serviram uma Catharina Sour.

Eles as batizaram com nomes divertidos e curiosos:

  • A primeira é a Sicilia Wit, cerveja de trigo com raspas de limão siciliano e especiarias. Achamos o sabor bem refrescante e com corpo leve. 
  • A segunda se chama Brigitte Blondô, cerveja clara com aroma condimentado, sabor marcado pelo equilíbrio entre o malte, lúpulo e levedura, corpo médio e alta carbonatação.
  • A terceira se chama Lola Lupulina, cerveja de cor cobre com aroma cítrico dos lúpulos americanos e alto amargor.
  • A quarta é a Maria da Lenha, uma cerveja avermelhada com um curioso sabor de bacon, proveniente do malte defumado, com corpo médio e baixo amargor.
  • A última recebeu o nome de Annona Muricata, isto é: graviola!   As Catherina Sour são baseadas na Berliner Weisse, tendo uma composição de Trigo e Cevada, levando uma adição de frutas e acidificada com lactobacilos. A Annona Muricata é bem leve e refrescante, com baixo amargor, acida e com leve sabor de graviola e pera!

Depois disto, veio a difícil tarefa de escolher a preferida para pedir um copo de 500ml.  Eu pedi a Belgian Blonde Ale, clara, leve e muito cheirosa; o Thiago preferiu a Rauchbier, bem mais forte, com sabor defumado. Ambas vieram em temperatura certa e com colarinho adequado, provando que o pessoal do bar cuida bem da cerveja.

Para encerrar a noite, dividimos uma Lola Lupulina, a IPA americana que elegemos como nossa preferida para os petiscos que pedimos.

Comidinha do Tonho Boteco Floripa

A casa oferece bons “pratos feitos”, essencialmente a base de carne. A feijuca parece ser a mais pedida, mas o que tem atraído muita gente ao Tonho Boteco é a coxinha de costela, vencedora do Comida de Buteco regional, além de outros tipos de coxinhas.

Infelizmente, não pudemos provar a famosa coxinha, pois o bar estava justamente sem costela (erro que o dono atribuiu a um cano dado por um funcionário, algo que parece ser comum em Floripa, segundo relato de uma amiga nossa).

Mas isto deixou de ser um problema quando as coxinhas de queijo colonial e de carne seca chegaram à mesa. A massa feita com aipim, de modo inteiramente artesanal, segundo nos explicaram, vem sequinha e em proporção certa com o recheio, que é feito com ingredientes de boa qualidade.
Aprovamos!

Como não queríamos exagerar na coxinha, decidimos pegar uma porção de pasteis. Como vimos que ela não era tão farta, pedimos depois uma porção de chips de batata doce com queijo.
Ambas vieram sequinha e bem temperada, perfeita para acompanhar as cervejas que havíamos pedido.

Nossa reclamação: as porções poderiam ser mais generosas, principalmente a dos pasteis. A quantidade com 4 não “atende” um copo de chopp. Talvez para uma pessoa, mas aqui em SP, pelo menos, quando pensamos em porção, pensamos em um aperitivo para 2 pessoas.

Nossa opinião:

Tonho Boteco Floripa é um ótimo lugar para sentar, tomar uma cerveja muito boa, comer comida boa, ouvir música boa e, se possível, ter uma conversa boa com amigos.

A  comida e bebida foram acompanhadas por MPB tocada em violão e percussão, com um repertório meio manjado, mas bem agradável.

Os atendentes foram todos simpáticos e o rapaz que trouxe a cerveja conhecia o que estava entregando. Uma das atendentes pareceu ainda um tanto insegura e sem conhecer detalhes do cardápio, mas nada que atrapalhasse a noite.

O simpático e cuidadoso dono do bar veio conversar conosco em um determinado momento. Parecia que estávamos dentro de um bar entre amigos. Cada vez que um ia embora, o cumprimentava. Vimos que ele tem um pouco deste cuidado com seus clientes e que, como nossa amiga disse, é composto por moradores da cidade.

Conversando melhor, percebemos que ele pretende fazer do Tonho Boteco um lugar descontraído e ao mesmo tempo, charmoso para comer e beber bem, jogando conversa fora, sem pressa e sem preocupações; a julgar por nossa experiência, eles estão conseguindo.

Apesar de não ter um cadeirão infantil e de ser boteco, diria que o ambiente é baby friendly. Vimos, inclusive, a filhinha do dono circulando com sua mãe pelo bar.

E com isso, termino meu texto dizendo: Valeu Vivis, pela indicação!

Tonho Boteco Floripa

R. Quinze de Novembro, 181 – Santo Antonio de Lisboa, Florianópolis.
De segunda a sábado das 11h30 às 23h30. Domingo: abre às 11h e fecha às 22h.
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Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

10 thoughts on “Tonho Boteco Floripa: cerveja artesanal e comida de boteco

  1. Eu simplesmente amo esses achadinhos! E já até deixei anotadinho pra minha próxima visita! Coxinha de costela? Aí já é maldade! Já querooooo! hahahah! Beijos!

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