Roteiro em Lisboa: do Cais do Sodré até Belém
Belém é o bairro mais turístico de Lisboa e também mais cheio de história! Mas vou começar pelo Cais do Sodré, onde estávamos hospedados e que é caminho para o Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.
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Primeiro percurso: Conhecer o museu de Arte Antiga
De onde estávamos (ao lado da estação de trem), pegamos um bonde que seguia sentido Belém e pedimos para uma moradora nos indicar a parada mais próxima ao museu. Do trem havíamos visto onde estava o prédio amarelo e, com isso, foi mais fácil achá-lo.
Para quem faz essa caminho que fizemos, terá que subir uma escadaria até chegar ao local onde se encontra o museu.
Infelizmente, por causa da chuva, não fotografei a parte externa. A foto ao lado retirei da wikipedia!
A entrada, para quem tem o Lisboa Card, é livre (exceto para as mostras temporárias), quem não o possui, custa 5€.
O museu é dividido em Coleção de Artes Plásticas (Escultura, Pinturas e Gravuras, ) e Coleção de Artes Decorativas (Ourivesaria, Cerâmica, Mobiliário, Têxteis e Vidros).
Como estávamos com muito sono, escolhemos as pinturas européias, que se encontra no Piso 1 (que é o térreo) mas começamos erroneamente no Piso 2 (para nós, piso 1 – rs) onde estão expostas as coleções de Ourivesaria e Joalharia portuguesa (que inclui algumas peças indo-portuguesas e europeias), Cerâmica (com as faiança portuguesa e porcelana da China e Japão), Vidros portugueses e as Artes Orientais.
Ao percebermos a confusão, descemos e seguimos com muitos bocejos, a arte antiga européia.
Não dá, claro, para comparar aos grandes museus italianos que conheci, mas o acervo é muito bom, com destaques para Rafael, Piero della Francesca, Dürer e Bosch!
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Segundo percurso: Belém
Decidimos ir para lá em nosso 2° dia, depois da ida à Cascais.
Há três modos de ir até Belém: de trem, de ônibus ou de bonde.
Pegamos o mesmo trem do dia anterior, pois achamos que era o modo mais fácil (pois havíamos visto que o trem parava em Belém), mas atento!. Nem todos os trens param nesta estação. Há trens que vão direto para Cascais ou que param em poucas estações.
Por sorte, na estação seguinte, ele parou e disse: Quem segue para Belém, favor descer e pegar o próximo (ou algo do tipo).
E digo: ainda bem que o maquinista disse e que eu prestei atenção (apesar da falta de costume com o português PT). Meu marido não prestou atenção e por alguns momentos, até eu fiquei na dúvida (mas descemos mesmo assim).
Talvez o melhor fosse ter pego o bonde (chamado “elétrico”), mas de trem também deu certo. Só precisa saber qual pegar exatamente! rs
Ao descermos na estação e ultrapassarmos a passarela, avistamos um espaço imenso, chamado Jardim Alfonso de Albuquerque. O atravessamos em saímos em frente ao Museu Nacional dos Coches. Como estava dentro do Lisboa Card, resolvemos entrar.
O local vale muito a pena. São dois ambientes com as carroças utilizadas na época da realeza portuguesa. E o wi-fi é livre lá dentro.
Naquele pedaço há muitos restaurantes voltado ao turista, mas como era nosso primeiro dia em Portugal, coincidentemente, a data que, 4 anos atrás, decidimos nos mudar juntos para o nosso apto, resolvemos sair do “esquema mochileiro econômico” e exageramos “um pouco”. Fomos comemorar nossos 4 anos de “casados” no Nunes Real Marisqueria, além da gravidez.
O restaurante é caro, mas vale muito a pena!!!!!
Ao sairmos, seguimos a rua principal sentido o Mosteiro dos Jerônimos e passamos em frente à Casa Pasteis de Belém. Estava LOTADA, assim com a entrada para o mosteiro!
Como estávamos com fome, seguimos reto.
Retornamos sentido Mosteiro e, para a nossa sorte, não tinha mais fila. Assim com o museu dos Coches, o Mosteiro de São Jeronimo faz parte do Lisboa Card. Para quem não o tem, custa 7€.
O local é impressionantemente lindo!
Aconselho comprar por 1€ o mapa/guia explicativo na entrada. Facilita a compreensão de cada sala.
Reza a lenda que o local fora construído no local onde existia a igrejinha Ermida do Restelo, local onde os navegadores e sua trupe passavam a noite anterior à viagem, rezando.
Considerado o ponto mais alto da arquitetura manuelina (estilo que mescla elementos decorativos do tardo gótico com motivos do renascimento), o mosteiro é testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Foi construído, após à viagem de Vasco da Gama, com os primeiros lucros do comércio de especiarias. Tanto que, encontramos em seu interior, seu túmulo, ao lado do túmulo do poeta Luís Vaz de Camões.
São dois andares. O primeiro andar, com o claustro e diversas salas, entre os quais o refeitório, um espaço bastante amplo com paredes decoradas em azulejos do século XVIII, a Sala Capitular, com a tumba do escritor Alexandre Herculano e ainda um espaço onde o poeta Fernando Pessoa está sepultado.
No andar superior, é possível entrar na parte do coro da igreja e ter uma visão muito bonita de sua arquitetura, além da cruz com Cristo e do próprio coro.
De lá, seguimos para o Monumento aos Descobridores, também conhecido como Padrão dos Descobrimentos. Já estava entardecendo e vimos que não conseguiríamos também chegar em tempo até a Torre de Belém!
Não entramos, tínhamos um compromisso marcado, mas quem tem o Lisboa card tem 30% de descontos ou então, 3,00€.
O monumento é em forma de uma caravela estilizada, com auto relevos que simbolizam o escudo de Portugal, a espada da Casa Real de Avis, D. Henrique, e as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Também se vê o poeta Camões.
(mais: http://www.padraodosdescobrimentos.pt/)
Seguindo reto pela margem do Tejo, chegamos à Torre de Belém (grátis com o Lisboa Card e 5€ sem). Outro grande monumento feito na época do descobrimento, com a arquitetura manuelina, apesar de ter influências islâmicas e orientais.
Infelizmente chegamos tarde demais e não pudemos entrar!
🙁
(mais infos: site)
Ao sair de lá, fomos caminhando sentido Mosteiro (a foto noturna está acima) pois queríamos aproveitar nossa ida à Belém para comermos o famoso pastel de Nata (hein?). Sim, vocês leram corretamente: NATA!
Bom, aqui no centro de SP abriu uma doceria portuguesa, o Matilde. Está sempre lotada e nunca tive tempo de perguntar ao vendedor porque não havia pastel de Belém ali!
“Como assim não tem pastel de Belém em uma grande doceria portuguesa?”, você poderia perguntar, assim como eu me perguntei! Havia pastel de nata e de São Bento, mas nada do pastel de Belém.
Bom, fomos até a Casa do Pastel de Belém e fomos atendidos por dois senhores super simpáticos, que nos explicaram que apenas eles tem a receita original (guardada a 7 chaves), iniciada no Mosteiro dos Jerônimos, e que os outros locais fazem uma “imitação” do doce!!
😉
O doce foi registrado e somente eles podem vende-los com o nome de Pastel de Belém!!!
O doce é, sem dúvida, maravilhoso! Deveríamos ter comido também antes de irmos embora de Portugal (e assim, conseguindo fazer uma clara distinção entre as “falsificações” – rs), mas é um doce muito saboroso e a combinação com canela a deixa ainda mais gostosa!
O pastel custou 1,05 €!
oi Juliana… matei um bocadinho das saudades de Portugal viajando por aqui, por esse texto e fotos! Deu uma vontade de comer novamente o Pastel de Belém!!!!
Tinha muita vontade de visitar o Museu dos Coches, mas quando estivemos em Belém passamos tanto tempo perambulando pelo Mosteiro e depois pela Torre que não deu tempo! Fiquei com dó no coração, mas não dá mesmo para visitar tudo em uma única viagem né? E como diz uma amiga querida: é sempre bom deixar para trás desculpas para podermos voltar algum dia! 🙂
Infelizmente quando visitei Lisboa o Padrão do Descobrimento estava em reforma.
Me interessei agora também pelo Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa – gosto muito desse tipo de lugar.
beijos Ana
Oi Aninha, sua linda! Obrigada pela visita!!!!!!
😉
Voce me fez lembrar de um detalhe: meus posts sobre Portugal precisam urgentemente de revisão!
hahahahahaha
Eu escrevia por escrever, sem a pretensão que tenho hoje! Sei que morrerei de vergonha ao reler o texto!
rs
Eu fui para o mosteiro no ùltimo horàrio! Eu e meu marido nos prolongamos tanto em nosso almoço que nao deu tempo de entrar no Padrão do Descobrimento, na torre de Belém e fizemos correndinho o mosteiro!
Parece que o Museu dos Coches mudou de lugar, mas nao tenho certeza!
E eu concordo com tua amiga: eu sempre tenho desculpas para voltar (não faço parte do time que quer sempre ir para um local diferente e fazer “Check” na lista de países e cidades conhecidas!).
😉