Vale a pena usar os ônibus Hop-on Hop-off ou City Cards?

Hopon Hopoff valem a pena

Os ônibus Hop-on Hop-off circulam por trechos turísticos da cidade e te permitem passar pelos pontos turísticos e até mesmo descer para visitá-los. Os city cards oferecem passe livre para muitas atrações e muita das vezes, condução grátis. Qual vale mais a pena?

Vale a pena usar os ônibus Hop-on Hop-off ou os City Card?

Vale a pena usar os ônibus Hop-on Hop-off ou os city card?Lá estava eu, em uma roda de conversa com alunas, quando me perguntaram se valia a pena usar os ônibus Hop-on Hop-off em uma viagem.
E com isso, começamos a trocar experiências com este tipo de ônibus.

Confesso que não uso muito esses ônibus, sempre dou preferência para os City Cards e somente os uso se fazem parte dos cartões. Mas costumo ficar muitos dias em uma mesma cidade, entro em museus, por isso os City Cards valem mais a pena para mim.

Vale a pena usar os ônibus Hop-on Hop-off ou os city card?Porém, para algumas cidades e até mesmo algumas ocasiões, pode valer sim a pena o uso dos Hop-on. Por isso, fiz uma breve pesquisa nas cidades que visitei e que a empresa dos ônibus City Sightseeing opera.

Olhei as rotas e darei abaixo a minha opinião. Farei a mesma coisa com os citycards e irei inserir o link direto para compra antecipada desses bilhetes.

Todos esses bilhetes são vendidos pela Tiqets, parceira do Turistando.in. Comprando através destes links, recebemos uma comissãozinha! 😉

  • Quando usar os ônibus Hop on Hop off?

1) Pouco tempo em uma cidade: Use para gastar aquelas horinhas de conexão, principalmente se o centro da cidade não for distante.
2) Não ficar “fusado”: Se teu voo foi muito longo e você chegou a tarde, ao invés de ir para o hotel e descansar, pegue um Hop-on Hop-off e durma por volta das 20h (horário local). Assim, você acordará cedo e bem-disposto no dia seguinte.
3) Usar como transporte na cidade: Se você não gosta de transporte público ou não quer perder tempo descobrindo como usá-lo, pode ser uma boa opção.
4) Tudo isso acima + a possibilidade de usar wifi: Muita gente compra o chip internacional quando vai viajar (como o da Viaje Conectado), mas se você quer usar o wifi, veja se os Hop-on Hop-off da cidade visitada oferece internet.

  • Quando usar os city cards?

1) Economizar nas atrações: faça uma pesquisa das atrações que você quer visitar (pode ser aqui pela Tiqets ou pela GYG) e veja se sai mais barato comprar os City cards.
2) Furar-filas: essa é uma grande vantagem, principalmente se você curte museus.
3) Usar os meios de transporte da cidade: meu maior motivo para comprar um city card.

  • AMSTERDAM

Para quem vai para a Europa pela KLM e faz conexão no aeroporto de Amsterdam, o sistema Hop-on Hop-off é bastante interessante. Você pode escolher o passeio de ônibus (parte da estação central) e também o de barco (parte do porto da estação central). Outra opção é visitar através dos canais holandeses cidades vizinhas à Amsterdam.

Se você ficará mais tempo na cidade e não curtir esses bus, eu sugiro usar o I Amsterdam Card. Foi o que nós escolhemos.
Com este cartão, pudemos usar os meios de transporte livremente, fizemos um cruzeiro pelo canal e tivemos entrada gratuita em diversos museus (destaco: Van Gogh, Rijksmuseum, Stedelijk, Hermitage, a Casa de Rembrandt).

Conhecendo o Holland Pass, Rotterdam Card e IAmsterdam card.

Por causa das entradas nos museus, este cartão acaba sendo bem mais caro, mas eu o acho mais interessante, principalmente para quem pretende entrar nas atrações.

  • BERLIM

Berlim é bem servida de meios de transporte, como o metrô que passa por todo canto (veja aqui meu post) e cheia de pontos turísticos (elenquei 40 atrações aqui).
Muitos destes pontos não se encontram na mesma região e, se você tem pouco tempo pela cidade, o Hop-on Hop-off pode valer a pena. São duas linhas (amarela e roxa), que iniciam na AlexanderPlatz.

A linha vermelha passa pelos pontos turísticos tradicionais do Mitte e de Moabit. A linha verde passa pelos pontos onde o muro de Berlim ainda é visto e por alguns bairros da antiga Berlin do leste. Outra opção é passear de barco pelo rio Spree (com opção de jantar).

Eu também dei preferência para o City Card, chamado Berlin Welcome Card, que oferece gratuidade nos meios de transporte (que é bem caro) e desconto nas atrações.  (leia mais neste meu post).

Conhecendo o Berlim Welcome Card.

Para mim, o Berlin Welcome Card é a melhor opção. Além dele te dar mais liberdade de ir para qualquer ponto da cidade, ele é mais barato.

  • BUDAPESTE

Conhecendo o lado Buda, em BudapesteBudapeste é considerada uma das cidades mais lindas do dito “Leste Europeu” e é uma cidade pela qual você precisará usar os meios de transporte se quiser circular por todos os pontos turísticos sem se cansar.

A cidade é dividida em Peste (a parte plana, onde fica o centro da cidade e o parlamento) e do outro lado do rio Danúbio, está Buda (a parte alta, onde fica o castelo).
Meio de transporte facilita bastante esse percurso.

Quando fomos, escolhemos usar o Budapeste Card (você pode começar a usá-lo a partir do aeroporto – fiz uma resenha sobre ele aqui), mas a cidade também oferece o Hop-on Hop-off, que também inclui passeio de barco e que vai até os pontos turísticos mais distantes.

Conhecendo o Budapeste Card.

O Budapest Card é mais econômico, com entradas gratuitas e meio de transporte livre. A única vantagem do Hop-on para quem pretende ficar mais tempo na cidade é conseguir chegar mais facilmente nas atrações mais distantes.

  • FLORENÇA

O centro histórico de Florença (Firenze em italiano) é pequeno e passível sim de fazer tudo caminhando. Além disso, suas ruas são estreitas e o trânsito dentro da cidade é restrito.  Achei estranho quando vi que havia um hop-on hop-off na cidade e fui atrás para ver seu trajeto.

Daí me recordei que, além do centro histórico, temos o lado Oltrarno, com suas subidas e ao ver o mapa, vi que as rotas dos dois ônibus são ótimas para quem tem um tempo extra na cidade e quer conhecer muito mais do que a cidade oferece.

As linhas se intercalam, mas a que eu achei mais interessante é a vermelha, que vai até Fiesole (façam uma parada para ver o Teatro Romano da cidade).

Para furar a fila nas principais atrações, há um combinado (bem caro) que engloba acesso à Galeria da Academia (que custa 16,5€), à Galeria Uffizi (que custa 16,5€), ao complexo do Duomo (que custa 30€), além de transporte público por 48 horas.
Sinceramente, não acho que vale a pena! Acaba sendo mais interessante comprar os bilhetes individuais para as atrações.

Florença não há seu próprio cartão, então para agilizar sua vida, verifique dentro do site da Tiqets e da GYG o preço dos bilhetes fura-fila. O Hop-on me pareceu interessante por ir bem além da cidade e do centro histórico. Diria que vale a pena sim!

  • GENOVA

Gênova é uma das minhas cidades favoritas. Morei lá por 2 meses e visitei boa parte de sua beleza. O problema de Gênova é que ela foi construída em morros. Funiculares e elevadores são considerados meios de transporte e a vista da parte mais alta do morro é magnifica (há um hostel HI lá).

O percurso do ônibus Hop-on começa pelo porto antigo (uma das regiões que mais me agrada e onde se encontra o Aquário de Gênova), passa pela lanterna (um ponto de tão difícil acesso, no qual eu nunca avistei pessoalmente), sobe para o centro “novo” da era renascentista (com a Via Garibaldi e Piazza de Ferraris) e da era moderna (Corvetto e XX Settembre) e vai até a região de Brignole.

Uma outra opção, para quem ficará mais tempo pela cidade, é adquirir o City Pass da cidade. Ele infelizmente não contempla todas as atrações da cidade e nem mesmo o uso de transporte pela cidade, mas oferece um passeio de trenzinho pela cidade e de barco pela costa.

 No caso de Gênova, temos dois produtos diferentes. O Hop-on faz um giro pelos pontos turísticos diversos da cidade (e que se encontram em posições diferentes). Me pareceu interessante.
Já o Genova City Pass oferece um passeio de ônibus (mas não diz qual é o itinerário) e de barco (fiz e é bem interessante) e também inclui a entrada para o Aquário de Gênova,  o Palácio Real e o Palazzo Spinola. É colocar na ponta do lápis e decidir.

LISBOA

RoadTrip por Portugal Fiquei 7 dias em Lisboa e não visitei nem metade de seus pontos turísticos. Mesmo para quem tem bastante tempo na cidade, o uso das 2 linhas do tradicional hop-on hop-off é uma boa opção.

Os pontos turísticos são distantes um dos outros. Este hop-on faz não apenas o centro da cidade, como vai até Belém e também até o outro extremo, o Parque das Nações (com a Torre Vasco da Gama, o Teleférico e o Oceanário). O ruim é que cada um tem um valor diferente.

Aproveitando, existe um outro tipo de hop-on hop-off que circula pela cidade. Seu formato é de um bonde (elétrico), mas sua cor é vermelha.

Como nós ficamos bastante tempo, decidimos comprar o Lisboa Card. O retiramos no aeroporto e como ele engloba transporte pela cidade, começamos a usar imediatamente (o aeroporto é coligado com o metrô da cidade).
Além do transporte (em Lisboa, mas também os trens que vão para Sintra e Cascais), temos acesso a 26 atrações, incluindo a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos.

 Lisboa é grande e suas atrações estão distantes. Você precisará de um ou de outro para circular com mais facilidade. Se você tem pouco tempo, escolha um dos Hop-on, mas por um pouco mais de €, você terá também a opção de entradas gratuitas usando o Lisboa Card.

MILÃO

Milão é a cidade que eu indico o uso do Hop-on. O único voo direto que temos é pela Latam e normalmente chegamos nos hotéis pouco antes das 17h. A vontade de dormir é tremenda e por isso, esse ônibus é perfeito.

Mas mesmo que você não precise usar essa artimanha (que também vale para outras cidades), Milão é outra cidade imensa e com pontos turísticos distantes. Tanto que, inteligentemente a empresa dividiu a cidade em 4 linhas (o que deveria ser feito em todas as cidades grandes).

Se Milão não for apenas uma cidade de passagem, pode valer a pena a aquisição do Milan Pass. Este passe vale por 48 horas e oferece entrada gratuita para 11 atrações da cidade (destaque para o teatro La Scala, o museu do Duomo (com acesso ao terraço) e estádio de San Siro!), mais vários tours e descontos.

Preste atenção, pois o passe inclui ou o  Hop on ou o transporte público da cidade.

 Com um bilhete você pode usar as 4 linhas do Hop-on, o que é muito bom. O Milan Pass tem apenas a opção de 48 horas e pode também incluir o Hop-on (você escolherá na hora da retirada). Como ele é caro, mas tem muita atração inclusa (todas aqui) veja se as atrações inclusas te interessam.

 foto da capa feita por Mister No - Common Wiki 
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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

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