O que fazer em Florença (centro histórico)

Duomo de Florença Italia

Florença é uma cidade linda de se visitar, mas é uma cidade de arte por excelência. Há muito o que visitar, principalmente museus. Se você não curte esse tipo de turismo, talvez um dia pela cidade seja suficiente. Do contrário, indicaria um mínimo de 3 dias na cidade chamada berço do Renascimento.

O roteiro abaixo terá início na igreja Santa Maria Novella, que se localiza bem em frente à estação terminal de trem da cidade.
Facilitará a vida de quem pretende apenas fazer um bate volta na cidade ou quem está hospedado em alguma cidade vizinha, como Prato, por exemplo.
No mapa abaixo deixei sublinhado outros pontos de interesse

mapa rota florença
A– Chiesa di Santa Maria Novella (em frente à estação de trem);  B– Piazza di San Lorenzo con Chiesa e Mercato di San Lorenzo; C– Piazza del Duomo (con Cattedrale di Santa Maria del Fiore, Battisttero, Campanile di Giotto e Cupula di Bruneleschi); D– Piazza della Repubblica; E – Mercato Nuovo F- Ponte Vecchio; G– Galleria degli Uffizi; H- Piazza della Signoria (com Loggia – Palazzo Vecchio e Fontana del Nettuno); I– Piazza di Santa Croce con Basilica;
 

O que fazer em Florença?

Você acabou de sair da estação de trem e a 1° coisa que você verá é uma igreja de tijolinhos com um campanário ao lado. A imagem nada se parecerá com a foto abaixo, mas é a igreja de Santa Maria Novella. Ou melhor, é a parte de trás da igreja!
Meu roteiro começará com ela, mas você terá que localizar a sua fachada de mármore do lado oposto (como mostra a foto abaixo):
 
  • Igreja de Santa Maria Novella

 

Uma das igrejas mais antiga de Firenze. Situa-se em frente à praça de mesmo nome. A entrada para o turista está em frente à Piazza (com a fachada em mármore, como  foto ao lado).

Construída em 1049, onde havia um pequeno oratório do século IX e ampliada em 1279 e reformada pelo arquiteto Giorgio Vasari entre 1565 e 1571. O interior, em forma de cruz latina, é subdividido em três naves.
Dentro é rica de obras de arte:

Obras relevantes: 

Giotto – Crocifisso su tavolaFilippo Brunelleschi – Crocifisso in legnoLorenzo Ghiberti: Lastra sepolcrale di Fra’ LeonardoDatiMasaccio: Trinità, Maria e GiovanniPaolo Uccello: afrescos com Storie della Genesi Creazione degli animali, Creazione di Adamo, Paradiso terrestre, Creazione di Eva, Peccato originaleDiluvio universale e recessione delle acque, Uscita dall’arca, sacrificio di Noé, ebbrezza di Noè; Filippino Lippi – afrescos na capela de Filippo StrozziGiorgio Vasari: Madonna del Rosario; Giambologna: Crocifisso in bronzo;

Horário de Abertura: Segunda à quinta das 9h00 às 17h30; Sextas das 11h00 às 17h30 e
Finais de semana e feriado das  13h00 às 17h00 .
Preço: 5 €. Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post).
 
  • Basilica di San Lorenzo
Fachada da igreja de San Lorenzo Florença
Fachada da igreja de San Lorenzo inacabada (mas que rende o seu charme)

Ao sair da igreja, para ir até o 2° local de meu roteiro, volte para a praça e pegue a Via dei Banchi e entre na 1° rua a esquerda (Via del Giglio) e siga reto até encontrar a traseira da Basilica di San Lorenzo, a igreja da família Medici, onde é possível apreciar as tumbas de Lorenzo e Giuliano dei Medici feitas por Michelangelo:

É uma igreja do início do Renascimento, concebida por um dos maiores arquitetos da época, Filippo Brunelleschi, sobre uma pequena igreja fundada por Santo Ambrósio no ano de 393.

Interiormente apresenta uma planta de cruz latina, dividida em três naves, separadas por colunas. A decoração é de Michelangelo, também o responsável pela Sacristia Nova.

Na cabeceira da nave central estão depositados dois púlpitos de bronze do escultor Donatello, as suas duas últimas obras. O altar-mor é rematado por um crucifixo de mármore de Baccio da Montelupo e em frente ao altar está indicado o lugar da cripta onde foi sepultado Cosme de Médici.

As esculturas de Donatello que a decoram são: quatro medalhões de terracota com os Evangelistas, os relevos de bronze nas portas e a arquitetura das mesmas. Através do claustro renascentista acede-se à Biblioteca Laurenziana de Michelangelo.
 
Horário de Abertura: terça a domingo das 9h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00.
Preço: € 4,50 Biglietto Basilica
 
€ 7,00 Basilica e Biblioteca Medicea Laurenziana – Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post).

Saindo da igreja e pegando a Via dell’Ariento, você chegará ao mercado de San Lorenzo, mas antes disso, será possível avistar algumas banquinhas vendendo de tudo para turistas e, quem sabe, você ouvirá alguém falando em português por ali.

As barraquinhas ao lado da igreja de San Lorenzo e o “mercadão”de San Lorenzo
 
 
Horário de Abertura: segunda a sexta das 7h00 às 14h00. Sábado das 7h00 às 17h00 (exceto no verão). 
 
Caso não queira ir até o mercado, você encontrará na esquina em frente à igreja, o palazzo Medici-Riccardi, antiga casa de Cosimo di Medici, considerado um dos edifícios mais belos em Florença e que oferece ao visitante mais de quatro séculos de história da arte, arquitetura e coleções em Florença.
A verdadeira jóia do edifício é a Capela dos Reis Magos. A entrada se dá pela Via Cavour, 3.
 

Horário de Abertura: quinta a terça das 9h00 às 17h00.
Preço: € 7  – Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post)

 
Para seguir ao próximo roteiro, pegue a Via dei Martelli (caso você tenha ido ao palazzo) ou a rua Borgo San Lorenzo (em frente à igreja) e você chegará no maior ponto turístico da cidade:
  • Piazza del Duomo de Florença
 

duomo de florença

Piazza della Signoria (que mostrarei mais para frente) era o poder político da cidade; a praça do Duomo, com a catedral Santa Maria del Fiore; o Campanário de Giotto; o Batistério de São João e o Museu dell’Opera del Duomo, era a força da religião.

Para começar, a Basílica di Santa Maria del Fiore, uma construção gótica revestida com mármores brancos (Carrara), verdes (Prato) e vermelhos (Siena), é a 5ª maior igreja em grandeza do mundo.
Sua planta é basilical, com três naves, divididas por grandes arcos suportados por colunas.
 
Sobre a porta de entrada há um relógio colossal com decoração em pintura de Paolo Uccello e acertado de acordo com a hora itálica, uma divisão do tempo comumente empregada na Itália até o século XVIII, que dava o pôr do sol como o início do dia.
  • A encantadora cúpula de Brunelleschi

A cúpula de Brunelleschi, assim chamada em homenagem ao grandioso trabalho de seu arquiteto; são duas cúpulas, uma interna à outra, com uma abóbada octogonal composta de quatro arcos interpenetrantes. A cúpula é aberta ao público, mas é preciso subir 463 degraus.
 
Ao lado da igreja, temos o Campanile di Giotto, alto 84,70 metros, é a mais eloquente testemunha da arquitetura gótica florentina dos ‘300.
Revestido de mármore branco, vermelho e verde, assim como a catedral, o campanário tem uma base quadrada. Para chegar ao terraço panorâmico, é preciso subir mais de 400 degraus (414 no total).
  • Battistero di San Giovanni Battista e suas maravilhosas portas

 
Para compor a praça, há, na frente do Duomo, o Battistero di San Giovanni Battista, uma construção octogonal que se acredita ser o mais antigo prédio da cidade.
Em 1329, Andrea Pisano recebeu a encomenda de projetar a porta sul, que consiste em 28 painéis quadrangulares, representando cenas da vida de São João Batista e as virtudes.
Em 1401, Lorenzo Ghiberti ganhou a encomenda da porta norte. São novamente 28 painéis, agora com cenas do Novo Testamento.
Em 1425 recebeu uma segunda encomenda: a Porta Leste: São dez painéis com cenas do Velho Testamento com a nova técnica da perspectiva para que os painéis adquirissem profundidade. Michelangelo se referiu a essas portas como As Portas do Paraíso, nome que permanece até hoje.
A obra tem 5,20 metros de altura por 3,10 de largura e 11 centímetros de espessura, no entanto, o que vemos são cópias das originais, que foram removidas em 1990 porque estavam entrando em estado de deterioração.
As portas originais estão no Museo dell’Opera del Duomo, preservadas em contêineres cheios de nitrogênio.
 
Por fim, o interior apresenta um magnífico teto em mosaico, executado por vários artistas de Veneza (talvez até mesmo Cimabue) em 1225. Representa o Julgamento Final, com cenas de horríveis castigos que lembram as obras do artista flamengo Hieronymus Bosch. Dante Alighieri cresceu olhando os mosaicos e foi baseado neles que criou muitas das cenas que narra em sua obra Inferno. Dante e também muitos membros da Família Médici foram batizados no local.
 
Horário de Abertura:  Batistério: diariamente das 11h15 às 19h00.
Duomo: diariamente das 10h00 às 17h00. Grátis
Campanile di Giotto: diariamente das 8h30 às 19h30.
Cúpula di Brunelleschi: Segunda à Sexta das 8h30 às 19h00. Sábado das 8h30 às 17h40 e Domingo das 13hs às 16hs.
Museu: Segunda a sábado das 9h00 às 19h30 e Domingo das  9h00 às 13h45.Ingresso para um combinado (Museo dell’Opera di Santa Maria del Fiore, Cupola del Brunelleschi, Campanile di Giotto, Battistero di San Giovanni e Cripta di Santa Reparata)Preço: 10€
Mais informações clicar aqui

Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post).
 

Deste ponto, caso você queira visitar a Galleria dell’Accademia para ver o original do David de Michelangelo, faça o seguinte: vá para a lateral da igreja (na parte oposta ao campanário) e pegue a primeira rua a esquerda chamada Ricasoli. Siga até o n° 60.

Horário de Abertura: terça a domingo das 8h15 às 18h50.
Preço: € 8 (ou €  12,50 caso tenha alguma mostra especial)  – Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post)
Mais informações clicar aqui

 

  • Praça da República

O próximo destino que escolhi foi a Praça da República. Para chegar até ela a partir do Duomo não é difícil. Em frente ao Batistério (do lado oposto à igreja) pegue a rua Roma e, após duas quadras, ecco la piazza!

 

Praça de forma retangular existente desde a época romana; foi bastante modificada a partir da era chamada “risanamento di Firenze”, restando apenas a Colonna della Abbondanza, considerada o umbigo da cidade.
Na época medieval, hospedava o mercado antigo e também o Ghetto judeu. Hoje, uma das partes da praça abriga uma galeria com um grande pórtico em forma de Arco do Triunfo e diversas lojas e cafés ao seu redor, como o histórico Café Gilli e café Paszkowski. Daqui, iremos para o Mercato Nuovo. Se você seguir o mapa que fiz, verá que o Google te fará dar um role desnecessário!
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Para ir até lá, retorne à rua Calimala (era rua Roma e mudou de nome antes da praça) e siga em frente. O mercado estará na outra quadra.
 
  • Mercado do porquinho

 
Loggia del Mercato Nuovo, também conhecida como Loggia del Porcellino, o local foi construído entre 1547 e 1551 com o objetivo de vender sedas e objetos preciosos, além dos famosos chapéus de palha de Firenze. Hoje, o local é forrado de malhas e souvenirs para turistas.
 
A graça que faz todos darem um pulo até o local é o javali em bronze que se encontra em um dos lados do mercado, chamado popularmente de Il Porcellino. O javali é uma cópia romana de uma peça grega, feita por Pietro Tacca, o melhor aluno de Giambologna, para decorar o Palazzo Pitti.
 
Anos depois, o javali foi removido para o mercado e ali virou uma fonte. Em 1988, decidiram transferir o “porquinho” para ao museu Bardini e o que vemos na frente do mercado é uma réplica desta “cópia”.
  • Curiosidades

Superstições: Diz a tradição popular que, tocar o nariz do javali traz sorte; Há também quem diga que, para complementar a sorte, você deve depois colocar uma moedinha na boca do porquinho: se a moedinha escorrega e ultrapassa a grade onde caia a água, sua sorte está confirmada. Curiosamente, o local onde a moeda deve cair é fechada com cadeado. Dizem que, devido à inclinação do buraco, apenas as moedas mais pesadas conseguem ultrapassar a grade, para a satisfação da administração que as recolhe!
 

A pedra do escândalo:  é uma peça redonda em mármore bicolor colocado exatamente no centro da loggia. Uma das funções desta pedra, na idade Média, era de humilhar e punir as pessoas que deviam para a República. A punição consistia em acorrentar o devedor e, levantando seu corpo pelos braços ou pernas, o bater repetidas vezes suas nádegas nessa pedra.

O destino agora é a famosa Ponte Vecchio.
Pegue a rua Calimala e siga até o fim. Ela mudará de nome (para Via Por Santa Maria), mas quando você menos esperar, estará dentro da ponte.
 
  • Ponte Vecchio

Ponte Vecchio Florença Firenze
A ponte e o corredor vasariano vistos de uma janela do Uffizi

Eis um dos pontos turísticos mais conhecido da cidade, o Ponte Vecchio ou “ponte velha“, é uma ponte em arco medieval sobre o Rio Arno e que é famosa por ter uma quantidade de lojas (principalmente joalharias) ao longo de toda a ponte.

 
Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga, mas foi destruída pelas cheias de 1333 e reconstruída em 1345.
 
A ponte é muito bonita de se admirar! Além das lojinhas em seus extremos, é possível avistar parte da cúpula do Duomo da cidade.

No meio da ponte há um espaço sem lojas, no qual é possível admirar o rio e suas outras pontes, além de algumas estátuas e de um bebedouro.

A única estátua que me recordo é de Benvenuto Cellini, autor da estátua de Perseu, exposta na Piazza della Signoria.

Curiosidade:

 
1) Sabe aquela modinha dos apaixonados de colocarem um cadeado em uma ponte e jogar a chave no rio, simbolizando o amor eterno? Diz a lenda que tudo começou nesta ponte.
Porém, essa prática é proibida em muitas cidades italianas, incluindo Florença. Se quiser arriscar, correrá o risco de receber uma multa de 50 eurinhos!!!!

2) Pode ser que atire a atenção de vocês, pode ser que não (rs), mas observando as “casinhas” sobre a ponte, vocês perceberão que em um dos lados, em cima das lojas, há algo amarelo que parece um corredor! E quem prestou atenção, não está enganado: aquele é o corredor de Vassari, que liga o Palazzio Vecchio até o Palazzo Pitti. Infelizmente não está aberto ao público (em 2015).

Saindo da ponte, o segundo ponto turístico do meu roteiro é a Galleria degli Uffizi. O Google Maps indicou seguir reto sentido Piazza della Signoria, mas para chegar à Galleria é mais fácil e interessante virar à direita e seguir o “Lungoarno” (isto é, a ruazinha que costeia do rio Arno).
Além de chegar mais rápido, você terá uma outra visão do Arno com o Ponte Vecchio e do “Piazzale dell’Uffizi”. Mesmo que tua vontade não seja entrar no museu, vale muito a pena passar por esse calçadão cheio de estátuas de artistas renascentistas e poder admirar a torre do Palazzo Vecchio ao fundo).

  • Galleria degli Uffizi

É o principal museu do renascimento e um dos principais do mundo. Cosmo I de Médici encomendou ao famoso arquiteto Vasari, em 1560, que projetou um prédio em forma de U, com um braço longo a leste, um ramo curto assentado na margem do rio Arno e outro braço curto a oeste.
As obras de artes foram reunidas com o tempo; primeiro como exposição particular dos Medici, mas apenas em 1769 foi construída uma nova entrada e liberada a abertura ao público geral.
Reorganizaram também as coleções seguindo critérios do Iluminismo, concentrando na galeria principalmente as pinturas e esculturas, ordenadas por escolas.
Entre 1842 e 1856 foram colocadas as vinte e oito estátuas nos nichos externos do edifício, homenageando homens ilustres da Toscana como Giotto, Maquiavel, Alighieri, Da Vinci, Donatello e etc. A galeria é dividida em quase 50 salas nomeadas pelo artista mais importante exposto.
 
Obras de arte relevante: 
Cimabue: Maestà; Duccio: Maestà; Giotto: A Madonna de Ognissanti; Paolo Uccello: A batalha de San Romano; Piero della Francesca: Díptico do Duque Federico da Montefeltro e Duquesa Battista Sforza de Urbino; Fra Filippo Lippi: Madonna com Menino e Dois Anjos; Sandro Botticelli: Primavera, O Nascimento de Vênus, A Adoração dos Magos;  Leonardo da Vinci: O Batismo de Cristo, A Anunciação, A Adoração dos Magos; Piero di Cosimo: Perseus liberando Andromeda; Albrecht Dürer: A Adoração dos Magos; Michelangelo: Tondo Doni; Rafael: Madonna de Goldfinch, Papa Leão X com os cardeais Giulio de’ Medici e Luigi de’ Rossi; Tiziano: Flora, A Vénus de Urbino; Parmigianino: A Madonna do pescoço longo; Caravaggio: Baco, O Sacrifício de Isaac, Medusa; Andrea Mantegna: Triptico com a Adoração dos Magos, Circuncisão e Ascensão; Antônio de Correggio: Adoração do Menino, Repouso na fuga ao Egito, Glória da Madona.
 
Horário de Abertura: terça a domingo das 8h15 às 18h50; 8 euros – Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post)

 

  • A praça da Signoria

No final do corredor do Piazzale Uffizi, se encontra a mais esplendida praça de Florença, a Piazza della Signoria, com o palazzo vecchio, antiga residência da família Medici, a loggia della Signoria, um espaço aberto ao público, cheio de esculturas originais, algumas estátuas monumentais, como uma réplica do David de Michelangelo e a fonte de Netuno.

É a praça central de Florença e o coração da cidade; Já existia na era neolítica, mas sua forma atual é de 1268;
Foi centro da vida política florentina em contraposição à vida religiosa da praça do Duomo e sede das execuções públicas (a mais famosa é de Savonarola, enforcado e queimado em frente à fonte de Netuno; há uma placa comemorativa no chão).

A estátua de Netuno

Nesta praça podemos apreciar a Galleria degli Uffizi, o Palazzo Vecchio, uma réplica idêntica do David de Michelangelo, a fonte de Netuno e a Loggia della Signoria, com esculturas originais abertas ao público.

Tudo é grandioso a começar pelo Palazzo Vecchio, inicialmente chamado de Palazzo della Signoria. Atualmente é sede do município florentino e também museu com obras de Agnolo Bronzino, Michelangelo Buonarroti e Giorgio Vasari.

Na sua frente, a estátua de David de Michelangelo marcou a entrada do palácio a partir de 1504. Hoje, dentro da Accademia delle Belle Arti, a obra de 5,17m feita em mármore branco de Carrara é uma das esculturas mais famosas de Michelangelo.
O trabalho retrata o herói bíblico no momento anterior a batalha contra Golias, quando David está apenas se preparando para enfrentar uma força que todos julgavam ser impossível de derrotar. Michelangelo neste trabalho usou o realismo do corpo nu e o predomínio das linhas curvas.

Alinhado a essa escultura, está a Fontana del Nettuno, terminada em 1565 por Bartolomeo Ammannati (que venceu o concurso para a sua construção) e alguns alunos, entre eles, Giambologna, usando mármore de Carrara e bronze.

Além de outras estátuas existentes na praça (principalmente ao redor do Palazzo Vecchio), nada se compara ao que temos dentro da Loggia della Signoria ou dei Lanzi.

Terminada em 1381, a loggia tinha como função conter o povo durante cerimônias oficiais. Do ponto de vista arquitetônico, o local une elementos góticos e clássicos. No século XVI o local perde sua função original e vira um tipo de museu aberto das esculturas mediceas. Com isso, podemos apreciar gratuitamente os maravilhosos Perseo de Cellini (uma estátua de bronze com 3,20m com o herói mitológico Perseu que, apoiado com apenas um pé, levanta com o braço esquerdo a cabeça da Medusa) e o Ratto delle Sabine de Giambologna (escultura em mármore, com 4,10m que mostra um jovem que eleva acima de sua testa uma garota, enquanto isso, um velho tenta, desesperadamente, segurar suas pernas. Esta estátua também é conhecida como “Le tre età dell’uomo”), entre vários outros.

Horário de Abertura:
Palazzo Vecchio: 
diariamente das 11h15 às 19h00.  10 euros
Loggia della Signoria: em praça aberta.
Uffizi: terça a domingo das 8h15 às 18h50; 8 euros – Faz parte do Firenze Pass (ver lista no final do post).
 
  • Basílica de Santa Croce

Para terminar esse breve roteiro, vamos até a Basílica de Santa Croce.
Para chegar até ela, pegue a Via dei Gondi (seu início se dá pela lateral do Palazzo Vecchio, atrás da estátua de Netuno) e siga em linha reta até a praça da igreja. Essa rua irá mudar de nome, para Borgo dei Greci, mas continue seguindo reto.

É a principal igreja franciscana em Florença e uma das principais basílicas da Igreja Católica no mundo com 16 capelas, muitas delas decoradas com afrescos de Giotto e seus alunos e vários monumentos funerários.

É o local onde estão enterrados alguns dos mais ilustres italianos, tais como Michelangelo, Galileu, Maquiavel e Rossini, e assim apelidada de Pantheon das Glórias Italianas. A lenda diz que a igreja foi fundada pelo próprio São Francisco de Assis. A atual igreja foi iniciada em 1294, bancada por algumas das famílias mais ricas da cidade.

 
Obras de arte relevante: 
* Antonio Canova: monumento a Alfieri; * Cimabue: Crucificação; * Donatello: Anunciação na parede sul; crucifixo na Cappella Bardi; St Louis of Toulouse no refeitório; * Taddeo Gaddi: afrescos na Cappella Baroncelli; Crucificação na sacristia; Última Ceia no refeitório; * Giotto: afrescos na Cappella Peruzzi e Cappella Bardi; possivelmente A Coroação da Virgem, altar da Cappella Baroncelli; * Giorgio Vasari: túmulo de Michelângelo com esculturas de Valerio Cioli, Iovanni Bandini e Battista Lorenzi;  Caminho para o Calvário pintado por Vasari
 
Horário de Abertura: segunda a sábado das 9h30 às 17h30; Domingo e feriado das 13h00 às 17h30

Preço: Santa Croce: 6€;    Santa Croce + Casa Buonarroti: € 8,50
Mais informações clicar aqui – Faz parte do Firenze Pass

 

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Se este post ainda nao te convenceu a conhecer Florença, a  Angela do blog Apure Guria nos dà 5 motivos para isso e a Débora do blog Foco no Mundo, também dà outras dicas.

Além de Florença, existem diversas lindas cidadezinhas para visitar. A mais famosa é Pisa, visitada pelo Diego do blog Uma viagem diferente. No post ele mostra O que fazer na cidade de Pisa, além da famosa torre.

 

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