Mini Guia: O que fazer em Budapeste
Quer saber o que fazer em Budapeste? Decidi agora em novembro/2023 unificar e atualizar os dois posts que havia escrito sobre Buda e Peste no meu formato: mini-guia. Manterei a divisão anterior.
Budapeste é dividida pelo rio Danúbio. De um lado está o centro da cidade, uma parte plana, conhecido como Peste e do outro lado do rio, a parte alta e nada plana chamada Buda, onde se encontra o castelo de Budapeste.
Indice do post:
Informações Básicas
O lado Peste
O lado Buda
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O que fazer em Budapeste: A parte “Peste”
Começo esse meu guia em Budapeste no lado Peste, a parte plana da cidade. O roteiro que seguirei é o mesmo escolhido pelo walking tour que fizemos ao comprar o Budapest Card, chamado Classic Pest Walking Tour. O mapa abaixo contém o link com esse roteiro (para abri-lo em teu celular).
Para quem se interessar pelo walking tour da parte de Buda em Budapeste, ele inicia todos os dias às 10h, em frente ao InfoPoint do Cityrama, na rua Andrássy, 3 (em frente ao metro M1 Bajcsy-Zsilinszky), perto da praça principal da cidade (Erzsébet tér – estação Deàk Ferenc Ter – aquela com a roda gigante). Se você não adquiriu o BudapestCard, este tour sai por 15€.
Ah, e ele é em inglês e a duração é de 2 a 2h30!
Praça Elisabeth (Erzsébet tér) e a Budapest Eye (Sziget Eye)
A praça Elisabeth, em homenagem a Sisi, mulher do imperador Habsburgo Franz Joseph é a principal do centro da cidade e para nós, acabou sendo o ponto de início do nosso tour. É nela que se encontra a imensa roda gigante, conhecida como Budapest Eye, inaugurada na primavera de 2015.
Ela estava desligada no inverno e não encontrei nenhum site oficial que me desse mais informações sobre ela. O que descobri é que os preços giram em volta de 10€ para 3 voltas e muita gente comentando que nao valia a pena.
A Basílica de Santo Estêvão
Da praça já podemos ver as torres e cúpula desta basílica. Ela se encontra quase em frente ao ponto inicial de nosso tour, mas como eles deram preferência a mostrar-nos primeiro a casa de Ópera, visitamos esse edifício católico no final do tour.
Ele é um dos edifícios mais altos de Budapeste (com 96 m), assim como o Parlamento de Budapeste e é a maior igreja da Hungria. Se você tiver um tempinho, visite esta igreja internamente e, se conseguir, suba em sua cúpula, para poder apreciar o rio Danúbio e o castelo. O acesso é por elevadores ou por escadas (364 degraus). Na capela conserva-se a relíquia mais importante da cristandade húngara: a múmia do rei Estêvão I, primeiro rei da Hungria e fundador da igreja.
A igreja promove um tour por 15€ (reserve aqui) e também um Concerto de Órgãos nessa Basílica (reserve aqui)
A rua Andrassy e a casa de Ópera de Budapeste
A rua Andrassy é chamada de Champs Elysées húngara e é mesmo um charme e cheia de lojas de grifes.
É nela que se encontra a casa de ópera da cidade, em estilo neorrenascentista, com alguns elementos barrocos. Ela é a maior casa de ópera da cidade, conhecida no passado como Ópera Real Húngara. Por dentro há vários afrescos e esculturas dos artistas Bertalan Székely, Mór Than e Károly Lotz.
Em frente há uma estátua de Ferenc Erkel, compositor do hino nacional e do compositor clássico Franz Liszt. Para se ter uma noção da importância desta casa no passado, o compositor Gustav Mahler foi diretor no período de 1888 a 1891.
A praça da Liberdade com o Monumento Soviético
Seguimos sentido ao Parlamento e encontramos esta belíssima praça, chamada Praça da Liberdade (Szabadság tér). Ela foi construída onde o primeiro-ministro Lajos Batthyány foi executado em 1849. Ao redor da praça há vários prédios em estilo Art Novau, como a embaixada dos E.U.A. Na praça, além de um monumento soviético em homenagens aos húngaros que faleceram durante a dominação nazista, há uma estátua dedicada a Ronald Reagan.
O Parlamento húngaro (Országház)
O prédio do Parlamento de Budapeste é considerado o maior edifício da Hungria e forma, junto ao castelo, o belo cenário de cartão de postal da cidade.
Localizado entre o rio Danúbio e a Praça Kossuth Lajos, tem 700 salas e gabinetes, 27 entradas, nos seus 2 lados simétricos erguem-se a Câmara Alta e a Câmara Baixa. Em sua sala central com cúpula, guardam a coroa do primeiro rei húngaro, do Santo Estêvão.
Para ter uma ideia, veja o post do blog Ligado em Viagem sobre a visita que eles fizeram.
Meu conselho: aprecie este prédio também do lado oposto ao rio!
Infelizmente, por conta do pouco tempo que tínhamos na cidade, não fizemos a visitação interna (mas aconselho comprar com antecedência por este site ou pela GYG com guia em espanhol.
Cidadão europeu paga a metade do preço. Cidadão não europeu paga 10000 Ft, algo 26€). Há descontos para quem visita com criança (8000 Ft para adultos e 4000 Ft para crianças até 14 anos).
Opções de passeios gerados por nosso parceiro GYG :
Memorial “Sapatos às Margens do Danúbio”
Memorial “Sapatos às Margens do Danúbio”
Próximo ao parlamento, vocês acharão alguns sapatos “largados” à margem do rio Danúbio. Chegando perto, verão que, na verdade, são sapatos de bronze, com uma placa que dizia:
“Em memória às vítimas mortas a tiro para o Danúbio por militares da Cruz Flechada (partido nazista e antissemita húngaro] em 1944-45″. As pessoas assassinadas foram ordenadas a tirar os sapatos antes de serem mortas.
A ponte das Correntes (Széchenyi Lánchíd)
O rio Danúbio divide Budapeste, por causa disso, há diversas pontes na cidade. Todas as pontes que vi são bonitas e imponentes, mas nenhuma ganha em beleza e grandeza à ponte das correntes.
Ela foi a primeira a ser construída e liga a parte de Buda (onde está o castelo) até Peste e por si só é linda, mas se você vê-la a partir de Peste, ganha o castelo ao fundo; E se a vê de Buda, ganha o parlamento!
Não tem como não apreciá-la.
O que fazer em Budapeste: A parte “Buda”
Deixamos nosso último dia cheio para conhecer o lado Buda em Budapeste. Nos organizamos para seguir o tour vespertino que faz parte do Budapeste Card e que inicia às 14h. Por isso, iniciamos nosso dia passeando até o Parlamento (lado Peste) e atravessamos a ponte Margareth de bonde (estava muito frio para descer até a ilha), para ir até o lado Buda.
Do outro lado do rio, decidimos caminhar pela outra margem para vermos o Parlamento do outro lado do rio. Eles criaram um tipo de uma pista para pedestres e bikes. Assim, você pode contemplar o lado Peste tranquilamente. Nesse caminho, passaremos em frente à belíssima Igreja Calvinista. Link do roteiro abaixo.
Como chegar até o castelo de Budapeste?
Há diversas pontes que cruzam o rio Danúbio e te levam para o lado Buda em Budapeste. A mais famosa e linda é a Ponte das Correntes e ela oferece o caminho mais rápido para o castelo.
Do outro lado da ponte, está a Praça Clark Adam, ao lado do marco zero do país (também chamada de Pedra do zero km, local onde as distâncias do país começam a ser medidas).
Deste ponto você pode pegar o funicular (Budavári Sikló), que sobe até o Castelo (4000 HUF ida/volta); pegar o ônibus 16, que passa pelo bastião ou fazer o caminho a pé.
Essa última opção também é interessante. A fizemos na volta, não é uma subida tão absurda assim, pois não é escada e sim rampas em ziguezague. Ela se dá início ao pé do castelo, ai lado do marco zero).
Como o tour iniciava na Szentháromság tér (praça da Santa Trindade, segundo o Google – rs), decidimos pegar o ônibus 16, que parava no ponto logo após a ponte (esse ônibus sai da Deak Ferenc Ter). Por sorte, todos os ônibus que pegamos tem uma tv que mostra o trajeto e as paradas. Poucos sabem inglês e esse foi o modo mais fácil de descer na parada certa.
Para quem se interessar pelo walking tour, ele inicia todos os dias às 14h na Praça da Santíssima Trindade (Szentháromság tér), em frente ao Bastião dos Pescadores (Halászbástya). Se você não adquiriu o Budapest Card, este tour sai por 15€.
A cidade Medieval de Budapeste
Buda, simplificando, é dividida em Cidade Medieval e Castelo Real.
A cidade medieval é composta pela Igreja de Matias, pelo Bastião dos Pescadores, pelas ruínas do Mosteiro Dominicano (foi dominado pelo Hotel Hilton, mas ainda dá para ver uma parte), pelo Museu da história Militar, pelas ruínas da Igreja Maria Magdalena e pelo Labirinto.
Igreja de Matias (Mátyás Templom)
A igreja de Matias está localizada no centro da Praça da Santíssima Trindade (Szentháromság tér), na mesma praça que se encontra o bastião dos pescadores.
Apesar de muita gente traduzi-la como igreja de São Mateus, seu nome original é Nossa Senhora da Assunção na colina do castelo e recebeu esse o nome em homenagem ao rei Matias I (Matias Corvino) que no século 19 promoveu sua restauração e que nela casou-se duas vezes.
Ela foi construída entre 1255 e 1269 e chegou inclusive a ser uma mesquita turca. Em 1873, ela foi restaurada e recebeu seu estilo neo-gótico.
A visitação ocorre todos os dias, das 9h às 17h; aos sábados das 9 às 13h e aos domingos das 13h às 17h.
A visita ao interior custa 2500 huf (quase 7€); caso queira subir na torre, o valor é de 2900 HUF (quase 8€) e é possível agendar um tour guiado (confirme aqui os valores).
Bastião dos Pescadores (Halászbástya) e a Estátua do Santo Estevão (Szent István szobra)
O Bastião dos Pescadores é um bastião neogótico e neorromânico localizado na colina do Castelo de Budapeste, atrás da Igreja Matias.
Seu curioso nome provém da corporação de pescadores que era responsável por defender esse trecho das muralhas da cidade durante a Idade Média.
Suas setes torres representam as setes tribos húngara que se instalaram na Bacia dos Cárpatos em 896.
Além de ser uma construção linda, o bastião oferece uma vista incrível da cidade, destacando o parlamento húngaro. Para quem ama fotografias, no corredor abaixo há diversos arco que emolduram a cidade.
Entre o bastião e a igreja há uma estátua equestre de bronze do rei Estevão I. No pedestal, em estilo neorromânico, o artista esculpiu episódios que ilustram a vida do rei.
Porta de Viena (Bécsi kapu)
Saindo do bastião, você poderá passar por uma porta chamado Porta de Viena, pois ela conectava o distrito do Castelo de Buda até a estrada que seguia para Viena. Curiosamente, na idade média, essa porta se chamava porta do sábado (Szombat-kapu), por causa da feira que ali ocorria todos os sábados. Depois se tornou a porta dos judeus (Zsidó-kapu). Foi demolida em 1896 e a que vemos hoje é uma reconstrução feita em 1936.
Igreja de Maria Madalena e o arquivo nacional húngaro
Em frente à porta há uma praça triangular (a praça da Porta de Viena). Em frente você verá um prédio lindo com bandeiras em frente: é o prédio do Arquivo Nacional Húngaro. Antigamente se encontrava em Pressburg (Bratislava), quando a cidade era capital húngara.
Siga em frente pela rua Nàndor e, no final da rua você verá as ruínas da igreja de Maria Madalena (Mária Magdolna-templom).
Esta igreja é do séc XIII e foi a única igreja cristã presente no país durante o período otomano. No séc XVI ela se transformou em uma mesquita até a chegada do rei Franz I, que foi coroado nela.
Sofreu sérios danos durante a 2° GM e foi quase destruída no período comunista. Hoje resta uma torre e uma janela da época medieval. A torre tem 24 sinos que tocam a cada meia hora.
Segundo o site do Budapest Card, agora em 2023 é possível subir na torre (chamada Budatower)
Museu de História Militar
O Museu de História Militar está ao lado da igreja de Maria Madalena e dentro do edifício do Quartel Nándor e reúne artefatos da história militar húngara, além de um arsenal, da coleção de uniformes, bandeiras e numismática.
Dica: Ao invés de pegar a rua Uri para ir até o castelo, pegue a vielinha Toth Arpad. É uma rua muito agradável, arborizada, com banquinhos ótimos para uma pausa prum lanchinho e que te dá uma outra visão da cidade. Ela termina justamente na zona do castelo.
O labirinto do castelo (Budavári Labirintus)
Um dos lugares que eu queria muito ter conhecido e que estava fechado permanentemente desde 2011, mas vi agora em 2023 que há uma empresa oferecendo visita à 300m do percurso (mas o site não está em inglês) e a GetYourGuide agora oferece visita por 1km dessa gruta.
O Labirinto é um sistema de 11km de túneis, grutas e cavernas na área baixa do Castelo Real de Buda. São cavernas naturais feitas pelo movimento vulcânico da terra e das águas e que no passado serviu de abrigo antiaéreo.
O complexo do castelo de Budapeste
Assim como a cidade de Praga, aquilo que se chama de castelo de Budapeste é a composição de vários prédios em um mesmo espaço.
Esse complexo, chamado de Castelo Real contém os prédios da Galeria Nacional, a Biblioteca Nacional, o Museu Histórico, o Palácio Sándor e o Teatro de Dança Húngara.
Assim que saímos daquela ruazinha bonitinha (a Toth Arpad), paramos para tomar algo quente e trocar a fralda do Léo (o ruim de viajar com bebês é isso. Pausa a quase toda hora).
Ao sair do café, tivemos uma sensação estranha de estarmos em uma zona abandonada.
Claro que não era, estávamos entrando na zona do castelo, mas tudo estava tão largado. Alguns trechos pareciam escombros de ruínas!
Paramos em um canto para ver souvenirs e começamos a ouvir som de uma bandinha. No início não prestei atenção, mas quando vi muitos turistas que ali estavam ligando seus celulares, percebi que aquela marchinha deveria ser algum tipo de troca de turno de guarda. Mas do que?
Palácio Sándor (Sándor Palota) e o Teatro do Baile Húngaro (Nemzeti Táncszínház)
O castelo estava a frente. Ali havia um palácio em estilo neoclássico, do início do século XIX. É o Palácio Sandor que desde 2003 é a residência oficial do presidente húngaro. O mais engraçado é que, caminhando por aquela rua pelo Google Street View, você verá a troca de guarda (a pessoa que filmou teve que esperar a banda passar – rs)
Ao lado, se encontra o Teatro do Baile Húngaro, que em um passado era um convento das carmelitas. Foi o primeiro teatro em língua húngara e o único prédio na Hungria utilizado como teatro no século XVIII.
Começamos a circular pela região do castelo. Pegamos o folheto do Budapest Card e vimos que a Galeria de Artes fazia parte do cartão e como havíamos lido boas indicações deste museu, fomos direto para lá.
O Castelo Real
Boa parte do Castelo Real abriga a Galeria Nacional. A outra parte abriga a Biblioteca Nacional e tem cerca de dois milhões e meio de volumes e mais de cinco milhões de outros documentos.
A Galeria Nacional Húngara (Magyar Nemzeti Galéria)
De todo o complexo, foi o único que entramos. Primeiro por causa do tempo e segundo porque fazia parte do Budapest Card.
Fundada em 1975, o espaço guarda grande parte dos tesouros da cidade e apresenta a arte húngara da época medieval até os dias de hoje e também apresenta a maior e melhor coleção de pinturas e esculturas da Hungria.
Sua entrada está localizada na parte da frente do palácio.
O museu abre de terça à domingo; A galeria das 10h às 18hs e a cúpula das 10 às 17hs.
O ingresso para as exposições permanentes custa 4200 HUF (quase 11€) e neste valor agora também permite subir até a cúpula (quando fomos, se pagava a parte). O áudio guia custa 1200 HUF (quase 3€) e está disponível em inglês, alemão, italiano e francês.
Quem possui o Budapest Card entra sem pagar nada para ver a mostra permanente e também tem direito ao áudio guia.
Museu de História de Budapeste (Budapesti Történeti Múzeum)
O Museu de História de Budapeste está localizado na Ala Sul do Castelo e apresenta a história de Budapeste desde as suas origens até ao final da era comunista, incluindo a história do Castelo e do Palácio. Aqui também é possível visitar a Capela Real e a abobada da Galeria Gótica.
O museu abre de terça à domingo das 10h às 18hs (de Março à Outubro) e das 10h às 16hs (de Novembro à Fevereiro).
O ingresso para as exposições permanentes custa 2400 HUF (quase 7€). Quem possui o Budapest Card entra sem pagar nada.
E não se esqueça de apreciar uma vista incrível da cidade!
🙂
Opções de passeios gerados automaticamente por nosso parceiro GYG :
Termas em Budapeste
Há várias termas na cidade e uma delas, a Lukács é gratuito para quem tem o Budapeste Card. Nós não fomos, mas a Marcia do Mulher casada viaja conta como foi conhecer as águas termais do Hotel Gellert.
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eu gostei muuito de Buda, várias atrações lindas e parece bem mais cuidada que o outro lado! contrastes na mesma cidade!
Sim….. são duas cidades diferentes divididas pelo Danubio!
😉