Caminhando pela Unter den LindenSabe aquele lugar que todo turista deve passar e conhecer? E’ a rua Unter den Linden. Essa rua passa por tantos pontos lindos e turísticos que é quase impossível fazer turismo por Berlim e não passar por ela. Unter den Linden significa “Sob as Tílias“, por causa das árvores de Tílias que, no inverno, vimos apenas troncos e galhos – rs. Anyway…… ela é uma rua reta e plana, que vai da Pariser Platz (onde se encontra o Portão de Brandemburgo) e termina na Schlossbrücke (ou Ponte do Castelo – perto da ilha do museu).
Vou começar meu passeio pelo Portão de Brandeburgo, pois era onde normalmente iniciávamos nossos passeios por ela. E é melhor pois deste lado tem estação de metrô (a única nesta rua – em 2015 – as outras ficam a alguns quarteirões dela). O Portão de Brandeburgo (Brandeburg Tor) é um dos vários cartões de visita. E’ a antiga porta da cidade, reconstruída no final do século XVIII como um arco do triunfo neoclássico.
Por ser uma das portas mais antigas da cidade, não é de se espantar que diversos eventos históricos tenham acontecidos diante dele. Acima inseri um quadro de Charles-Meynier que mostra a chegada de Napoleão à Berlim; aqui eu mostro duas fotos de um evento recente: o muro que dividia Berlim. Durante a guerra fria, o muro de Berlim passava bem em frente a ele e, em 1989, a foto que rodou o mundo era dos berlinenses subindo o muro, com a palavra Liberdade nas manchetes.
Atravessando o portão, temos a Praça Parisiense, que fica em frente à embaixada da França. Nesta praça também temos o luxuoso e legendário hotel Adlon, aberto em 1907 e um dos mais caros de Berlim. Nele, diversas personalidades se hospedaram e vários filmes foram feitos ou inspirados. Certamente você se lembra da cena de Michael Jackson balançando seu filho em uma janela, não é? Foi neste hotel!
Antes de chegar em Berlim, havia lido sobre essa rua e a imaginei como a Avenue des Champs-Élysées: bonita, arborizada e cheia de lojas caríssimas. Isso foi um delírio meu – rs. Até porque, durante a guerra fria, esta rua pertencia ao lado soviético e era muito comum a construção de prédios monumentais, que ocupavam quarteirões. Um outro triste detalhe é que no final de 2015 essa rua estava passando por reforma e haviam tapumes por todo lado! O que nos restou foi observar alguns dos prédios que não tinham suas fachadas cobertas, como o prédio da embaixada Russa, do museu histórico, da Biblioteca Pública (Staatsbibliothek zu Berlin), da Universidade Humboldt, da Neue Wache, (Memorial para as vítimas da guerra e da tirania), o Arsenal de Berlim (Zeughaus), hoje Museu histórico da Alemanha e do Berliner Dom (a catedral de Berlim – protestante). No espaço onde antigamente ocupava o imenso palácio da Republica (o Palast der Republik), muito tapume, assim como a BebelPlatz com o Berliner Staatsoper Unter den Linden (a Ópera Estatal), a Sankt-Hedwigs-Kathedrale (a Catedral de Santa Edwiges – igreja católica), o prédio da l’Alte Bibliothek (biblioteca velha, que hoje abriga a faculdade de Direito), e a Humboldt Universität. Bom, já estávamos cansados, mas à nossa frente víamos a torre de TV (Berliner Fernsehturm) da Alexander Platz (gentilmente chamada de Alex). Parecia perto. Até era, mas com o cansaço, pareceu uma eternidade! Como estávamos do lado oposto à Dom, passamos em frente à praça Marx-Engels, com uma imensa estátua dos dois e, pouco antes da torre de tv, vimos uma igreja, a Marienkirche ou Igreja de Santa Maria, uma das igrejas mais antigas de Berlim, junto com a Nikolaikirche (era católica, hoje é protestante). Chegamos na nossa reta final, a estação de AlexanderPlatz e sofremos para entender qual e onde pegar o trem (a linha de trem e metros de Berlim é fantástica, mas é muito difícil de entender. Farei um post sobre isso). |
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Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.