Nossa viagem para o Vale Sagrado dos Incas
Fui para o Peru em julho de 2011 com meu marido, pois queríamos muito conhecer o Vale Sagrado dos Incas. Planejamos ficar por lá apenas 18 dias de viagem e nossa ideia era economizar.
Conseguimos boas milhas pela TAM para o trecho SP-CUZCO; LIMA-SP. O trecho SP- Lima era mais em conta, porém ao vermos que a viagem de ônibus durava 23 horas, decidimos também fazer esse trecho via LAN.
Visitamos neste período: Cuzco, Pisac, Ollantaytambo, Machu Picchu (Vale Sagrado dos Incas), Puno com as ilhas de Uros e Taquile; Copacabana com a Isla del Sol, Arequipa, Vale do Colca e Lima.
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Cuzco
Bom, a cidade de Cuzco é uma graça e é a cidade base para começar sua visita ao Vale Sagrado dos Incas.
Ficamos no El Tuco hostel devido às boas indicações que lemos na época. O local é simples, bem modesto, mas limpo e barato. Tínhamos água quente 24 hs em nosso quarto (escolhemos um privado), cozinha, internet coletiva e uma sala-biblioteca de “convivência”. Ele não fica no centro da agitação, o que é bom pois é tranquilo, mas não fica distante da zona turística (está próximo ao Qoricancha).
Veja nosso post: Conhecendo Cuzco antes de viajar para Machu Picchu
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Pisac
Depois de 2 dias “aclimatados”, resolvemos ir para Pìsac (ou Pisaq), uma cidadezinha linda distante 33 km de Cuzco no Vale Sagrado dos Incas, famosa pelo mercado de artesanato na praça central e pelo grande complexo de ruínas incas distante 9 km da cidade (a mais importantes depois de Machu Picchu).
Aqui tivemos nossa primeira prova de resistência. Ela é menos elevada que Cuzco, com 2.972 metros de altitude, porém passa por regiões altas o suficiente para dar uma boa dor de cabeça!
O parque também é muito bonito e interessante. Reserve um dia inteiro para visitá-lo. Tem quem o faça em meia jornada e segue para outra cidade. E’ possível, desde que você chegue na cidade bem cedo ou que não o faça completo (a maioria retorna quando a trilha começa a ficar mais difícil).
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As ruínas pròximas à Cuzco
Depois que fizemos todo o percurso do Valle Sagrado (Pisac, Ollanta e Machu Picchu), retornamos para Cuzco para fazermos as ruínas próximas à cidade. Alguns corajosos fazem tudo isso a pé; eu diria que não é impossível, mas é uma boa caminhada na altitude!
Saqsaywaman (em uma pronúncia jocosa: Sex Woman) é a melhor e a mais próxima; Q’enqo (ou Kenko) também é interessante, apesar de menor e está perto de Saqsaywaman. As outras estão mais distantes e não posso opinar pois acabei não indo!
Veja mais: Conhecendo as ruínas de Cuzco
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Aguas Calientes
Depois de 3 dias em Cuzco, decidimos partir para o mais esperado: MACHU PICCHU!
Fomos para là de trem a partir de Ollantaytambo.
1) porque sai muito mais barato
2) porque o trem é bem devagar e se voce quer chegar mais ràpido, esse é o caminho!
O dia na cidade inicia muito cedo. O sol nem apareceu e as pessoas estão por ali, circulando, caminhando por suas ruas, mas não à procura de um local para tomar café ou algum lugar turístico a visitar: estão todos caminhando para o ponto onde saem os micro-ônibus para Machu Picchu!
Aqui vale um super conselho: comprem antecipadamente os bilhetes de ida e volta para o micro-ônibus.
Esquecemos deste detalhe quando chegamos; porém, estava tarde e talvez a bilheteria não estivesse aberta. Uma questão que se faz necessária a compra antecipada é a lerdeza da única funcionária a vender essas passagens. Como se não bastasse, o valor é em dólares (US$) e a cotação é feita na hora (sempre ruim para o turista). Para a alegria, a imensa fila dos ônibus é rápida. Eles conseguem encher 2 ônibus por vez e assim que esses dois partem, eles lotam mais dois!
O caminho de Aguas Calientes até Machu Picchu é sinuoso, em zigzag, mas não provoca enjoos ou mal estar (eu sofro com isso)!
Quem tem medo de altura, é melhor não olhar pela janela!
Vamos agora ao que interessa:
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Machu Picchu
Primeiro você precisa saber como chegar até lá. Dai você descobre que o aeroporto está a quase 100 km de distância da cidade e que por causa da grande altitude você deverá se aclimatar por pelo menos uns 3 dias. Depois você lê que o único meio de transporte é o trem e que ele não é econômico e que tem poucas vagas. E que partir direto de Cuzco chega tarde demais lá e por isso você deverá planejar uma noite em Aguas Calientes (para curtir mais o parque) e que você não pode simplesmente aparecer nos portões;
Tanto para entrar no parque como para subir a Montanha de Waynna Picchu (que chamarei de WP) requer também compra antecipada (no site: http://www.machupicchu.gob.pe/).
São detalhes, mas que nos faz querer demais que o dia chegue logo!
Tem muita coisa bacana para ver e se você subiu Wayna Picchu, o tempo para ver as coisas diminuirão (pense que você descerá super cansado e irá direto para o restaurante!).
Veja esses meus dois posts: Dicas para se dar bem em Machu Picchu e A cidade perdida de Machu Picchu.
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Wayna Picchu
O Bilhete, como disse rapidamente acima, pode ser apenas para MP ou também para Wayna Picchu. Para quem não sabe, WP é a montanha que enfeita a cidade e sua subida é permitida apenas para 400 pessoas ao dia (em 2011).
Subir WP não é fácil! Além da altitude, suas trilhas são sinuosas, íngremes e pequenas! Em determinados momentos é necessário agarrar-se a troncos ou cabos de aço espalhados pela trilha (uma luvinha de musculação cai muito bem!) para conseguir prosseguir;
A subida dura de 40 min. a 1h, dependendo do teu ritmo e do ritmo das pessoas acima;
Pode até ser difícil, mas não é nada absurdo de subir, porém, inviável para quem tem fobia à altura ou com dificuldade de locomoção.
Ao chegar lá em cima, se tiver coragem, siga até seu ponto mais alto e tire uma foto!
Depois de um merecido descanso, observando Machu Picchu pequenininha lá em baixo, começa a descida! Direi que para isso nem todos os santos ajudam! Muitas das vezes é preciso descer sentado! E sim: dá muito medo!
Mas se mesmo assim o teu sonho é subir alguma montanha, há, do lado oposto à WP, uma montanha muito mais alta, a Machu Picchu. E’ uma sugestão; mas neste caso, você precisará certamente de 2 dias no parque!
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Ollantaytambo
Vou terminar o meu relato pelo Vale Sagrado dos Incas com Ollantaytambo!
A cidade arqueológica de Ollantaytambo, ou carinhosamente chamada pelos viajantes de Ollanta, é a cidade “grande” do Vale Sagrado mais próxima de Machu Picchu e muito agradável! Se encontra a 90 km de distância de Cuzco e a uma altura de 3792 msnm.
Chegar em Ollanta não é nem difícil e nem caro. Nós preferimos pegar um taxi coletivo (o paradeiro em Cuzco é próximo ao Qoricancha) e pagamos 15 soles cada (mas era feriado! Parece que o normal naquele ano seriam 10 soles).
Leia mais: Visitando a cidade e fortaleza de Ollantaytambo
Quanta coisa pra fazer! Quantas possibilidades de passeio! Eu comecei a planejar os dias no Peru (terei 13 dias inteiros, sendo que 2 em Lima) e cada vez que começo a idealizar um roteiro, sempre me perco com as mil e uma possibilidades haha Até agora, de certo, só MP mesmo.
Com a mudança nas regras do parque, não sei qual o tempo viável de subir a WP e visitar o parque. Você acha que ainda é viável, Ju? Eu pretendo chegar super cedo no parque, e espero não contar com imprevistos demais – que já ouvi serem bem frequentes no Peru. Mas realmente estou na dúvida do que dá ou não pra fazer. Com certeza vou pernoitar em Aguas Calientes, que com certeza já ajuda! Vou lendo teus posts todos da série Peru, pra ver se consigo ter uma luz nesse roteiro 🙂
Sim…. tem muita coisa para ver no Peru!
O paìs é lindo!!!!!!
Sério que mudaram novamente as regras??? Como é agora?
Olha, a vista é linda sim, mas se você não subir a WP, não fique com remorso. Eu acabei perdendo muito tempo (esperando o horàrio, subindo, descendo, descansando – rsrsrs) e deixei de conhecer MP direitinho! Confesso que na hora me arrependi!
Bom, pernoitar em AC é fundamental! Dependendo do preço, fique 2 noites por là, para poder curtir o parque mais vazio. O trem que eu peguei para Ollanta partiu por volta das 6 da manhã!!!!!
beijinhos
Agora é por turnos, ou você visita o parque pela manha ou a tarde… Com tempo reduzido assim, não sei se vale arriscar subir a montanha… Obrigada, Ju!
Eu a deixaria de lado!
😉