Conhecendo a cidade de Lima, a capital do Peru
E com Lima terminamos a nossa viagem de 18 dias pelo Peru. Uma das capitais mais limpas e graciosas que já vi. Me impressionei muito mesmo.
Digo horrível pois acordamos com o pessoal descendo em Nazca e depois disso não conseguimos dormir. E a viagem até Lima parecia eterna (curiosamente, os ônibus no Peru não fazem paradas na estrada) e a paisagem não estava tão encantadora.
Ficamos 3 dias em Lima. Escolhemos o albergue Gallery House no bairro de Miraflores, um bairro de classe média bem organizado, limpo, arborizado e lindo (sim, amamos!).
Eu diria que esse é o melhor bairro para se hospedar em Lima. Geralmente prefiro e escolho o centro, mas no caso de Lima, acertamos na escolha.
Sobre o albergue, também aprovamos. E’ um imenso casarão com quartos no piso superior; No andar de baixo, tem uma grande sala de vídeo (com TV, livros e diversos DVDs), uma cozinha bem equipada, um bar super elegante e um quintalzão que só não é melhor pois em Lima não faz sol!
Sim, o céu de Lima normalmente é coberta por nuvens, deixando a cidade com aquele aspecto cinza dos dias nublados, mas isso não vai por nada espantar o teu bom humor. Há muito o que ver na cidade e o simples caminhar pelas suas ruas é já bastante agradável.
Nosso primeiro dia em Lima foi praticamente nulo. Chegamos na rodoviária por volta das 13hs famintos. Peguei o voucher do hotel e fomos atrás de um taxi (assim como no resto do país, bem barato. O valor da corrida é definida no início).
Achei curioso o pessoal do albergue explicar (no voucher) como chegar da rodoviária ou aeroporto ao hostel de táxi mas depois de alguns minutos dentro dele, percebi o motivo: os taxistas são mais perdidos que os turistas.
Muitos deles são clandestinos e mal sabem dirigir!Dá para acreditar que eu tive que ajudar o taxista?
Percebi que o nosso estava perdido quando ele começou a passar várias vezes pela mesma rua; E ele nem conseguiu achar o endereço lendo a explicação dada pelo pessoal do albergue. Eu tive que ler, olhar onde estávamos e as ruas que passávamos para conseguir achar o hostel.
rsrsrs
Ok.
Posso ter exagerado, mas é um parque com cara de praça, com pequenas muretas, provavelmente aberto 24hs e com uma grande convivência das pessoas; Há locais para se sentar, para deixar a criançada brincando (mesmo a noite), para caminhar, para comprar artesanatos e comidas. E nos pareceu bem seguro.
Ali, conhecemos os deliciosos picarones; um tipo de bolinho de chuva embebecido em um melado muito saboroso. Sem contar que ao seu redor há diversos bares, restaurantes, teatros, lojas e livrarias. (Um ótimo local para se hospedar).
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Mas, o que vimos em Lima?
Centro: O centro de Lima é bonito, mas não tão conservado como os outros centros peruanos que visitamos; A praça principal do centro de Lima (Plaza de Armas, claro, mas também conhecida como plaza Mayor) está no coração do centro histórico e, do ponto de vista arquitetônico, uma beleza a parte; Em apenas um ponto, encontramos a catedral, o palácio do governo (conhecido como Palácio Presidencial ou antiga residência de Pizarro) e a prefeitura.
Atrás do Palácio do Governo, há a Puente de Piedra, uma das mais antigas de Lima, que mostra uma área bem degradada de Lima, assim com a sua “marginal”.
Ainda no centro histórico é possível visitar várias igrejas antigas, museus, teatro municipal, mas o que atraiu muito atenção foi a igreja, convento e museu de São Francisco, símbolo de Lima.
A visitação desta igreja colonial e do convento vale muito a pena. Do lado de fora, pombos que oferecem brutas surpresas aos passantes, mas em seu interno, ainda na entrada, encontramos vestígios de azulejos de Sevilha (essa igreja sofreu muito com um terremoto em 1746). Deste ponto, segue-se uma visita guiada (obrigatória – paga-se um valor irrisório para a visitação e estudantes pagam meia) para o museu, passando pelo claustro, pela antiga e imensa biblioteca (estima-se mais de 20.000 títulos), por capelas (tudo cheio de obras de artes) e pela parte mais esperada da visitação: as catacumbas. Um labirinto subterrâneo repleto de ossadas. Pecado que é não é permitido tirar fotos (apesar de alguns tirarem: http://goo.gl/tVil8).
Informações sobre horários, preços e visitações: http://www.museocatacumbas.com/
Depois desta visitação, estamos liberados para apreciar a igreja. ão me lembro se era permitido fotografar, mas tenho algumas fotos em meus registros. Mas o que mais me maravilhou foram os tetos, pintados ao bom estilo mourisco. Eu diria que é bom reservar uma ou duas horas de seu roteiro para apreciá-la.
Ainda no centro
Ainda no centro, dêem uma paradinha para comer. Tem uma rua pedonal (estilo calçadão) próxima da Plaza de Armas chamada Pasaje Nicolás de Rivera el viejo com diversos restaurantes charmosinhos.
Os preços são bons (uns 30 soles por pessoa) e a qualidade também; mas o mais curioso é o modo como os garçons e garçonetes te arrastarão para seus estabelecimentos. Todos virão em cima de você como urubus (quando passamos não era horário de almoço);
Acabamos escolhendo o Tres i Punto (adoramos) pois a garçonete (Alex, meio tímida) não nos pressionou para irmos com ela. Acabamos conversando e descobrimos que ela é uma jovem fotógrafa americana que, para pagar sua viagem, faz bicos nas cidades que fica.
O bairro de Miraflores:
Foi o bairro que ficamos e que recomendamos. Nossos 3 dias em Lima foi totalmente relax; Fomos atrás de pontos turísticos, mas sem a pretensão (também por causa do tempo) de conhecer tudo. Pensamos mais em caminhar tranquilamente por suas ruas, entrar em supermercados e comer! E fizemos bastante isso em Miraflores.
A praia de Lima
Lima è uma cidade litorânea e conhecer sua praia é obrigatório. Quem esta acostumado com as praias brasileiras, se entristecerá ao ver aquele barranco de morro que costeiam o mar e, ao olhar o mar, encontrar um chão repleto de pedras.
Bom, fomos no inverno, mas nos disseram que essa praia é boa para surfar. Eh curioso pois não é fácil chegar ai em baixo. São poucas as escadas que dão acesso ao mar. Mas se encontrarem, deem uma descidinha e apreciem o mar.
Se não conseguirem, tudo bem. A parte de cima do barranco vale também muito a pena. Confesso que a cada dois passos, eu e meu marido suspirávamos e dizíamos: Vamos nos mudar para cá?
A “beiramar” limenha está a alguns bons metros acima do nível do mar. Eh muito limpa e cheia de verdes. Com espaço para cooper, ginástica, skate ou simplesmente se sentar com os amigos e jogar conversa fora.
Do ponto onde estávamos, percorremos todo o beira mar até chegarmos no Parque del Amor. Um pequeno parque com uma estátua representando os casais apaixonados no centro e vários mosaicos coloridos cheio de frases de poetas peruanos.
Circuito Mágico del Agua (entre o centro e San Isidro
Mais informações sobre o parque (horários e valores): parquedelareserva.com.pe
Que mais dicas para a cidade de Lima? Veja 5 sugestões do blog Passaporte com Pimenta pela cidade.
E Lima segue me surpreendendo e me deixando super empolgada! Cada post que leio mostra uma cidade limpa, organizada e apaixonante. O parque das Aguas parece mesmo lindo a noite, vou lembrar de deixar um horario para ele! Estava mesmo vendo hoteis em Miraflores, é ótimo saber que você recomenda o bairro! 🙂