Milão, a São Paulo italiana?

Milão

O que fazer em Milão?

Milão é capital da região da Lombardia, província de Milão, com cerca de 1.308.735 habitantes. Considerada centro financeiro da italiana e conhecida como capital da moda, Milão é a quinta maior cidade da União Europeia, com uma população estimada em 4.300.000 habitantes.
 Turistandoin Italia Milano (9)
  • Praça do Duomo (Piazza del Duomo – 01)

A galeria Vittorio Emanuelle II (esquerda), o monumento equestre (no meio) e Duomo (ao fundo)
A galeria Vittorio Emanuelle II (esquerda), o monumento equestre (no meio) e Duomo (ao fundo)

Se encontra no centro da cidade e é ponto de encontro dos milaneses para comemorar algum evento importante. Com uma superfície de quase 17.000 m2 e formato retangular, ela é dominada pela catedral principal da cidade (Duomo) e pela famosa e charmosa Galeria Vittorio Emanuelle II.

Ao centro, é decorada por um Monumento Equestre dedicado a Vittorio Emanuelle II, criado por Ercole Rosa em 1896; O monumento representa o rei enquanto guiava os soldados na Batalha de São Martim; na base é possível observar um relevo que representa a entrada da trupe piemontesa em Milão durante a segunda guerra de independência. Ao lado da estátua há dois leões em mármore.
Como chegar: Metro: linha amarela (M3) e linha vermelha (M1), descer na parada Duomo.  Bonde: parada
Piazza Fontana, tram 15; parada Via Torino, tram 2 e 14; parada Via Mazzini, tram 16, 24 e 27
  • O Duomo de Milão

O que representaria mais Milão se não o Duomo? A igreja, dedicada a Santa Maria Nascente, tem uma área de 11.700 m² e é a quarta maior igreja na Europa, depois da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Saint Paul, em Londres e a Catedral de Sevilha.
O Duomo, ou catedral, de arquitetura gótica em mármore de Candoglia, mede 157 m de comprimento e 109 m de largura. O interior tem cinco naves com uma altura que chega a 45 metros, divididas por 40 pilares. A construção do edifício começou em 1386 e dada por finalizada em 1813.
Para apreciar: A igreja, como característica da arquitetura gótica, é composta inúmeras esculturas em alto-relevo e estátuas (são 3400 estátuas e mais de 700 figuras em alto-relevo), mas a maior beleza está na visão apreciada do teto da catedral, principalmente se o dia estiver bonito.
Do teto, além da possibilidade de ver a Madonnina de bronze, o visitante poderá apreciar os vários pináculos (guglia) que compõe o teto da igreja, além de um belvedere de toda capital lombarda e, se o tempo estiver limpo, os Alpes ao fundo.
A igreja, assim como a galeria, fica iluminada durante a noite. E’ uma visita que vale bastante a pena.
Horário de abertura da catedral: diariamente das 7h às 19hs (último ingresso às 18h45)
Horário de abertura do telhado: diariamente das 9h às 21h30  (última subida às 20h45)
Horário de abertura da sala do tesouro: de segunda à sexta das 9h30 às 17h30; sábado das 9h30 às 17h e domingo e feriados das 13h30 às 15h30.
Fechado durante a missa.
Horário de abertura da área arqueológica: Batistério S. Giovanni alle Fonti: diariamente das 9h30 às 17h30 (última entrada às 17hs)
  • Galeria Vittorio Emanuele II

Turistandoin Italia Milano (7)A galeria é uma impressionante construção coberta por uma estrutura de ferro, cúpulas de vidro e afrescos que liga a praça do Duomo à praça do teatro alla Scala.
Recheada de cafés, restaurantes e lojas de grife, a galeria foi projetada em forma de cruz e entradas em forma de arcos de triunfo pelo arquiteto Giuseppe Mengoni. Foi uma das primeiras galerias realizada nesse estilo e teve como referência a Burlington Arcade, de Londres.
Na 2ª Guerra Mundial, a galeria foi duas vezes bombardeada e reestruturada depois do final da guerra.
Para apreciar: Seu formato é em cruz; seu centro é o ponto de início para visualizar a grandeza desta construção milanesa.
Olhando para cima é possível ver toda a estrutura coberta por um teto de vidro. Exatamente no centro, há uma cúpula também de vidro conhecida como Octógono.
Ainda olhando para cima, há quatro meias luas com alegorias que representam os 4 continentes (África, Ásia, Europa e América). No chão, abaixo do octógono, há um brasão da casa de Savoia em mosaico. Ao lado deste emblema, sempre em forma de mosaico, há mais quatro brasões que representam as quatro cidades que, em épocas diversas, foram capitais do reino de Itália (Milano, Torino, Firenze e Roma).
Curiosidade e tradição: A tradição mais notável desta galeria é aquela dar 3 giros com o calcanhar do pé direito sobre as genitálias do toro (o mosaico que representa o emblema de Turim) pois, dizem os supersticiosos, quem gira terá um ano de sorte.
  • Praça e teatro alla Scala (02):

Turistandoin Italia Milano (5)E’ a praça da antiga igreja Santa Maria alla Scala, demolida para, em seu lugar, dar espaço ao teatro alla Scala. Para chegar até ela, basta entrar na Galleria Vittorio Emanuele.
Para apreciar:  o teatro alla Scala, a Galleria Vittorio Emanuele e a estátua em homenagem a Leonardo da Vinci de Pietro Magni no centro da praça.
O Teatro la Scala é uma das mais famosas casas de ópera do mundo. Construído por determinação da imperatriz Maria Teresa da Áustria para substituir o Teatro Regio Ducale (destruído por um incêndio em 1776).
Obra do arquiteto neoclássico Giuseppe Piermarini, foi inaugurada em 3 de Agosto de 1778 com a ópera de Antonio Salieri, L’Europa riconosciuta, com libreto de Mattia Verazi.
Se quiser saber um pouco mais, a querida Ruthia passou uma noite de ópera no La Scala e contou tudo em seu blog.
  • O Castelo Sforzesco (03)

Turistandoin Italia Milano (1)E’ um dos principais símbolos de Milão e de sua história. Por esse  motivo, os milaneses nutrem um sentimento de amor e ódio. O castelo foi construído no século XV por Francesco Sforza sobre restos de uma fortificação do século XIV.
No século passado, o castelo assumiu um papel importante na cena cultural milanesa, tutelando importante obras da arte lombarda.Na segunda guerra mundial o castelo foi danificado por uma bomba e reestruturado depois do final da guerra. Na década de 1990 foi construída na praça do castelo uma grande fonte inspirada em uma anteriormente instalada naquele lugar. Atualmente, o castelo é rico em museus com:Pinacoteca do Castello Sforzesco (uma riquíssima coleção de pinturas, entre as quais estão incluídas obras de Antonello da Messina, Andrea Mantegna, Canaletto, Correggio, Tiepolo e a magnífica estátua de Michelangelo, a Pietà Rondanini); Museu da Pré-história; Museu Egípcio; Museu de Arte Antiga; Museu do Móvel; Coleção de Arte Aplicada; Museu dos Instrumentos Musicais; Rivellino do Santo Spirito (excursão entre os telhados e as passagens cobertas nos muros exteriores do castelo; Biblioteca de Arte do Castello Sforzesco; e etc.
Horário de Abertura do castelo: de segunda a domingo das 7.00-18.00 (inverno) | 7.00-19.00 (verão)
Horário de Abertura do museu:  de terça a domingo das 9.00-17.30 (último acesso é consentido até às 17hs)
Ingresso aos Museus do Castelo: 3,00 €
Como chegar:  Metro: MM1 (parada Cadorna e Cairoli), MM2 (parada Cadorna e Lanza); ônibus:
18,50,37,58,61,94 e bonde: 1,2,4,12,14,19
  • Parque Sempione (04)

Turistandoin Italia MilanoE’ conhecido como o grande pulmão verde de Milão.

Inicia atrás do castelo Sforzesco e prossegue até a Avenida Sempione; Realizado no final do século XIX onde era a praça das armas, o parque ocupa uma área de 386.000 m². Dentro do parque existem aquários, lagos, torres e o palácio das artes.
E’ possível também avistar o arco da paz.

O arco da paz é um monumento em mármore de Crevola alto 25 metros, que faz parte da antiga porta Sempione. Sua construção é datada da época de Napoleão Bonaparte

(foto: o lago do parque Sempione com o Arco della Pace ao fundo)
Horário de Abertura: diariamente das 6.30 às 20.00 (inverno) |  6.30 às 23.30  (verão)
Ingresso: gratuito
Como chegar: Metro: MM1 (parada Lanza ou Cadorna) e bonde: 3, 4, 7, 12, 14.
  • Basílica de Santo Ambrósio (Ambrogio em italiano)

Turistandoin Italia Milano (11)Santo Ambrósio é o patrono da cidade e a basílica dedicada  ao santo é uma das mais antigas de Milão. Com estilo românico, 5 amplos arcos em sua fachada e duas torres ao lado, a igreja representa um monumento da época medieval.
Edificada entre 379 e 386 por vontade do bispo Ambrósio, a igreja foi construída em uma zona onde eram sepultados os cristãos perseguidos pelos romanos.

Curiosidade e tradição: Na praça Santo Ambrósio, do lado esquerdo em relação à basílica, há uma coluna,  de época romana,  conhecida como “a coluna do diabo”.
Dizem que a coluna foi testemunha da uma luta entre o santo Ambrósio e o diabo e que, segundo a lenda, apoiando o ouvido sobre a pedra, é possível ouvir os sons do inferno.
Durante a segunda guerra mundial a igreja foi fortemente atacada por bombas anglo americanas que destruíram sobretudo a parte externa do pórtico, danificando a cúpula, o mosaico do altar e outras partes externas. A igreja foi restaurada nos anos 50, mas é possível notar danos no mosaico.
Horário de Abertura: segunda a sábado das 10h às 12hs e das 14h30 às
18. Domingo das 15hs às 17hs.
Como chegar: Metro: MM2 – linha verde (parada S. Ambrósio); ônibus:  50, 58 e 94
  • Igreja de Santa Maria delle Grazie (06)

Turistandoin Italia Milano (2)Essa belíssima construção gótica misturada com influência românica é a igreja e convento dominicano Santa Maria das Graças, incluída na lista dos Patrimônios Mundiais pela UNESCO.
Além de sua beleza, a igreja é famosa pelo afresco “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, que foi pintada na parede do refeitório do convento (Veja aqui também a visita da Ruthia à Santa Ceia).
A construção foi comissionada pelo duque de Milão, Francesco Sforza ficando totalmente pronta em 1490.
Diz-se que a abside da igreja é de autoria de Donato Bramante, no entanto, não há nenhuma evidência real do fato.
Curiosidade: Em 1543, uma capela lateral recebeu uma pintura de Tiziano, A Coroação de Espinhos”. Este foi levado pelas tropas francesas em 1797 e se encontra no Museu do Louvre.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na noite de 15 de agosto de 1943, bombas lançadas por aviões americanos e britânicos atingiram a igreja e o convento. Grande parte do refeitório foi destruída, mas algumas paredes sobreviveram, incluindo aquela onde está a Última Ceia, que tinha sido cercada de sacos de areia para proteção.

Turistandoin Italia Milano (10)

Horário de Abertura: Terça a domingo das 8h15 às 18h45
Reserva obrigatória para o refeitório – Cenone Vinciano  (devido à condição precária do afresco).
Como chegar: Tram 18 (fermata Corso Magenta – Santa Maria delle Grazie); Metro MM1 (fermata Conciliazione o
Cadorna);  Metro MM2 (fermata Cadorna)
  • Estação central de Milão (07)

Do alto, a bela construção do Milano Centrale com o Pirellone ao lado
Do alto, a bela construção do Milano Centrale com o Pirellone ao lado

A estação central de Milão é a principal estação de trem da capital lombarda e a segunda principal da Itália. Foi inaugurada no regime fascista em 1931 para substituir a velha estação da Praça da República. Um dos desejos do Mussolini era que a estação representasse a potencia do regime.

Do lado de fora da estação, é possível ver a imensa praça Duca d’Aosta, com diversos prédios em sua frente; o maior, chamado GRATTACIELO PIRELLI e apelidado de PIRELLONE é um dos maiores prédios da Itália; inicialmente era sede da Pirelli, hoje Conselho Regional da Lombardia.

Bate e volta a partir de Milão

Uma das opções que muita gente faz é conhecer o Lago de Como. A Márcia do Mulher Casada Viaja foi e conta um pouco o que fazer e qual cidade conhecer.



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About Juliana (www.turistando.in)

Mãe do Léo, professora de italiano e apaixonada pelas maravilhas do mundo.

4 thoughts on “Milão, a São Paulo italiana?

  1. Excelente roteiro, percebo que faltou muita coisa para eu conhecer em Milão. Queria muito ter vista A Última Ceia. Que incrível essa historia da pintura ter sobrevivido por causa dos sacos de areia!

  2. oi Ju… eu adorei conhecer Milão. Tenho as melhores lembranças de lá. Antes de visitar a cidade, todo mundo que consultava e tudo o que lia dizia que a cidade era sem graça e que nem valia passar mais de um dia.

    Acreditei. Me arrependi!

    Fiquei umas 2 noites e foi pouco. Milão é subestimada! Gostei do que vi e senti pelo que não vi como a Igreja de Santo Ambrósio e a divertida história do diabo que nem conhecia!

    De qualquer maneira Milão é a casa do belo Duomo e principalmente da magnífica Última Ceia, uma das obras mais impressionantes que já vi na vida!

    Esta é uma cidade que quero muito voltar um dia! 🙂

    beijinhos

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